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Advogados dizem que Ghosn é inocente e criticam sistema judiciário japonês

Declaração marca um ano desde que Ghosn foi detido no aeroporto internacional de Tóquio, no início de um processo que colocou o brasileiro atrás das grades

Carlos Ghosn: executivo enfrenta quatro processos (Issei Kato/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 06h34.

Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 08h04.

Tóquio — Os advogados de defesa de Carlos Ghosn reiteraram nesta terça-feira (19) a inocência do cliente e voltaram a criticar o que chamaram de "sistema de reféns da justiça" do Japão .

A declaração marca um ano desde que Ghosn foi detido no aeroporto internacional de Tóquio, no início de um processo que colocou o brasileiro atrás das grades. No momento, o empresário está em liberdade sob pagamento de fiança.

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Ghosn, de 65 anos, que chegou a ser presidente da Nissan, da Renault e da Mitsubishi, está sendo processado por vários crimes financeiros e por trair a confiança da empresa.

A expectativa é que o julgamento comece em abril do ano que vem.

A equipe jurídica que o defende afirmou nesta terça-feira que Ghosn segue determinado a provar a inocência e a "enfrentar firmemente as acusações".

Os advogados lembraram que o empresário está em prisão provisória há 129 dias e que as condições de fiança impostas foram "desumanas e irracionais" porque, entre outras limitações, proíbem o contado dele com a esposa.

Carole Ghosn pode estar vinculada às operações irregulares das quais o marido é acusado, através de uma empresa proprietária de um iate na qual ela figura como presidente, segundo disseram fontes da justiça à imprensa japonesa. A esposa, de nacionalidade americana e libanesa, nega os fatos, assim como recusa as acusações feitas contra o marido.

A equipe da defesa de Ghosn acusa a justiça de Tóquio de vazar informações à imprensa, de criar uma "imagem injusta" do empresário e de "esconder evidências" dos advogados do brasileiro.

"Ele está esperando a oportunidadede esclarecer as coisas e se reunir com a família", acrescenta a declaração.

Carlos Ghosn enfrenta quatro processos, dois por supostamente ocultar remunerações pactuadas com a Nissan e outros dois por suposto abuso agravado de confiança da empresa e por desviar fundos da Nissan para assuntos pessoais.

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