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Acordos de leniência viram alvo de fundos americanos

A Braskem e a Odebrecht, envolvidas na ação coletiva em Nova York por conta das investigações da Lava Jato, pedem que o juiz desconsidere a demanda

Odebrecht: advogados argumentam que os acordos reforçam as acusações de corrupção (REUTERS/Rodrigo Paiva)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 10h34.

Nova York - Os fundos que processam a Braskem e a Odebrecht em uma ação coletiva em Nova York por conta das investigações da Operação Lava Jato tentam incorporar no litígio os acordos de leniência fechados em dezembro pelas duas companhias com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Os advogados argumentam que os acordos reforçam as acusações de corrupção e querem que o juiz responsável pelo caso negue o pedido das duas companhias para encerrar o processo. Já a Braskem e a Odebrecht pedem que o juiz desconsidere a demanda.

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"A Braskem e a Odebrecht foram agora acusadas e reconheceram a culpa", ressalta uma das cartas enviadas pelos fundos ao juiz que cuida da ação coletiva. Em um dos textos, os investidores que processam as empresas brasileiras detalham que o acordo das duas companhias com as autoridades dos EUA, Brasil e Suíça teve multa total de US$ 3,6 bilhões e que apenas a Braskem pagou US$ 250 milhões em propinas.

Já a Odebrecht e a Braskem contestaram, também em cartas enviadas ao juiz nos últimos dias, os argumentos dos fundos sobre os acordos de leniência e pedem que o magistrado desconsidere o pedido dos investidores.

A Braskem argumenta que o pedido dos fundos foi feito em pleno feriado de final de ano, sem qualquer aviso aos acusados no processo, ou seja, com procedimentos incorretos e, por isso, deve ser ignorado.

Os advogados da Odebrecht ressaltam que o acordo de leniência da construtora com as autoridades dos EUA em nenhum momento afirma que a empresa participou de pagamento de propinas para reduzir o preço da nafta para a Braskem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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