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Acionistas da BSkyB não apoiam reeleição de Murdoch no conselho

Executivo foi mantido no comando do grupo devido ao apoio do pai Rupert Murdoch, mas investidores reclamam de sua atuação sobre o escândaldo de escutas ilegais

Rupert Murdoch e seu filho James no parlamento britânico: sem apoio dos outros investidores (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 14h15.

Londres - Investidores que possuem quase um quarto das ações do grupo de TV paga BSkyB não apoiaram a reeleição do presidente do conselho James Murdoch nesta terça-feira, em protesto contra a forma como o ex-presidente-executivo lidou com um escândalo de rastreamento de telefonemas.

Um porta-voz da BSkyB disse que, excluindo as ações controladas pela News Corp , os investidores que possuem 24 por cento da empresa votaram contra a renomeação de James Murdoch.

"A votação foi conforme o esperado, mas isso não significa que não terá um impacto. Murdoch terá que trabalhar duro para conseguir de volta sua imagem perante a comunidade de investidores institucionais para o nível onde ele estava antes do escândalo", disse o analista da Sanford Bernstein Claudio Aspesi.

A expectativa era de que James Murdoch, que era bem visto como presidente-executivo da BSkyB entre 2003 e 2007, fosse reeleito no cargo, graças ao apoio de familiares e aliados.

Mas vários acionistas disseram à Reuters antes da reunião anual que iriam votar contra o executivo de 38 anos porque queriam um presidente verdadeiramente independente, em vez de um executivo da News Corp, que detém 39 por cento da BSkyB.

Murdoch é o presidente do conselho da News International, braço britânico de jornais da News Corp, e vice-presidente de operações da News Corp, onde sobreviveu a um voto de protesto maciço contra sua presença no conselho no mês passado.

Durante o escândalo de rastreamento de telefonemas, Murdoch apareceu regularmente como representante da News Corp e, entre uma enxurrada de declarações, também prestou depoimento a uma comissão parlamentar que mais tarde foi criticada por políticos como sendo enganosa.

O Ofcom, órgão regulador britânico das comunicações, disse que está acompanhando a evolução das investigações. O regulador tem a tarefa de assegurar que os proprietários dos meios de comunicação britânicos tenham "idoneidade e competência".

A News Corp retirou sua oferta de 12 bilhões de dólares pelo restante da BSkyB em julho após revelações de que pessoas que trabalhavam para o tabloide News of the World, integrante do grupo de mídia, tinham rastreado os telefones de celebridades e vítimas de assassinatos para obter reportagens.

Murdoch não estava no comando da divisão de jornais quando o rastreamento aconteceu, mas críticos o acusaram de não considerar o tamanho do problema e o impacto que poderia ter.

Os investidores estão preocupados que os danos causados ao nome da família possam se espalhar para a BSkyB aos olhos de políticos, reguladores e até consumidores.

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Londres - Investidores que possuem quase um quarto das ações do grupo de TV paga BSkyB não apoiaram a reeleição do presidente do conselho James Murdoch nesta terça-feira, em protesto contra a forma como o ex-presidente-executivo lidou com um escândalo de rastreamento de telefonemas.

Um porta-voz da BSkyB disse que, excluindo as ações controladas pela News Corp , os investidores que possuem 24 por cento da empresa votaram contra a renomeação de James Murdoch.

"A votação foi conforme o esperado, mas isso não significa que não terá um impacto. Murdoch terá que trabalhar duro para conseguir de volta sua imagem perante a comunidade de investidores institucionais para o nível onde ele estava antes do escândalo", disse o analista da Sanford Bernstein Claudio Aspesi.

A expectativa era de que James Murdoch, que era bem visto como presidente-executivo da BSkyB entre 2003 e 2007, fosse reeleito no cargo, graças ao apoio de familiares e aliados.

Mas vários acionistas disseram à Reuters antes da reunião anual que iriam votar contra o executivo de 38 anos porque queriam um presidente verdadeiramente independente, em vez de um executivo da News Corp, que detém 39 por cento da BSkyB.

Murdoch é o presidente do conselho da News International, braço britânico de jornais da News Corp, e vice-presidente de operações da News Corp, onde sobreviveu a um voto de protesto maciço contra sua presença no conselho no mês passado.

Durante o escândalo de rastreamento de telefonemas, Murdoch apareceu regularmente como representante da News Corp e, entre uma enxurrada de declarações, também prestou depoimento a uma comissão parlamentar que mais tarde foi criticada por políticos como sendo enganosa.

O Ofcom, órgão regulador britânico das comunicações, disse que está acompanhando a evolução das investigações. O regulador tem a tarefa de assegurar que os proprietários dos meios de comunicação britânicos tenham "idoneidade e competência".

A News Corp retirou sua oferta de 12 bilhões de dólares pelo restante da BSkyB em julho após revelações de que pessoas que trabalhavam para o tabloide News of the World, integrante do grupo de mídia, tinham rastreado os telefones de celebridades e vítimas de assassinatos para obter reportagens.

Murdoch não estava no comando da divisão de jornais quando o rastreamento aconteceu, mas críticos o acusaram de não considerar o tamanho do problema e o impacto que poderia ter.

Os investidores estão preocupados que os danos causados ao nome da família possam se espalhar para a BSkyB aos olhos de políticos, reguladores e até consumidores.

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