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A próxima vítima

A pirataria digital tira o sono dos executivos de Hollywood

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O roteiro está sobre as mesas dos executivos de Hollywood há muito tempo: depois da indústria da música, a próxima vítima da pirataria digital é o cinema. Ninguém tem dúvida de que a distribuição em massa de filmes pela internet e em DVDs ilegais seja apenas uma questão de tempo. Hoje, buscar um filme inteiro na internet exige conexão de banda larga, espaço no disco rígido e muita paciência -- os arquivos são muito maiores do que uma música em formato MP3. Ainda assim, estima-se que 600 000 filmes circulem pela rede a cada dia. Na pirataria física a situação não é muito diferente. Num passeio pela rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, a reportagem de EXAME encontrou cópias falsas de filmes que haviam entrado em cartaz duas semanas antes. A qualidade das cópias é muito pobre, mas o esquema de distribuição já está montado.

"Os estúdios estão pouco preocupados porque ganham muito dinheiro com o sucesso dos DVDs", diz Paulo Milliet Roque, dono da Divertire, uma empresa de software, e um dos responsáveis pela ação antipirataria da Associação Brasileira de Software. "Mas espere um ano. O preço dos DVDs virgens vai cair, e aí a situação ficará parecida com a da música."

Apesar de ter a receita garantida dos cinemas (as bilheterias não caíram com a popularização do videocassete), uma parte cada vez maior do faturamento dos estúdios vem depois do lançamento nos cinemas. De acordo com uma estimativa publicada pela BusinessWeek, um filme que arrecade 10 bilhões de dólares nos cinemas pode gerar outros 36 bilhões com a venda de DVDs e a exibição na TV. Ou seja: há muito a perder com a pirataria. Essa é a melhor história de suspense a aparecer em Hollywood em muito tempo -- e, até agora, ninguém sabe se os mocinhos vão se dar bem no final.

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