8 perfis de quem toma decisões estratégicas em uma empresa
A consultoria Hogan Assessments elencou 8 estratégias de líderes que precisam dar respostas rápidas em uma empresa. Conheça quais são elas
Luísa Melo
Publicado em 3 de outubro de 2015 às 07h02.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h30.
São Paulo - Para a consultoria norte-americana Hogan Assessments, o segredo para um líder se transformar em um bom tomador de decisões é errar – e aprender com a experiência. "A visão de que as pessoas decidem de forma lógica e racional é um mito. A verdadeira tomada de decisão é rápida, e carregada de vieses inconscientes e emoções", diz Roberto Santos, sócio-diretor da Ateliê RH, representante da Hogan no Brasil. Com base nessa visão, a empresa criou um instrumento de avaliação que mede a capacidade de julgamento e define como cada porfissional chega a uma resolução. Nas fotos, conheça os 8 perfis identificados.
É aquele líder que toma decisões baseadas em dados numéricos. Ele resolve problemas táticos imediatos para evitar riscos desnecessários. Segundo a Hogan Assessments, esse tipo de profissional é bom em lidar com situações pragmáticas "necessárias para minimizar ameaças e garantir pequenas vitórias". Por outro lado, não consegue muita eficácia em definições de longo prazo, que exigem inovação e criatividade, nas quais os riscos podem trazer recompensas.
O líder estilo cirurgião toma decisões rápidas e fáceis de ser implementadas, baseadas na sua experiência prática. Ele se sai bem em situações que exigem respostas urgentes e dependem de agilidade, como consertar algum problema. Porém, não costuma conseguir sucesso em oportunidades de longo prazo, que devem ser baseadas em dados e pesquisas.
Esse tipo de profissional toma decisões intuitivas e rápidas, no calor do momento, quando ainda não há dados a serem analisados. Ele visa maximizar recompensas imediatas, mas não é bom em evitar riscos ou fracassos no longo prazo, porque tem a tendência de basear suas escolhas apenas nos seus sentimentos.
Resoluções calculadas e cuidadosas, baseadas em dados, que visam ganhos de curto prazo e vitórias táticas. Elas são o forte do líder com perfil operador de bolsa. O objetivo desse profissional é alcançar vitórias concretas e imediatas. Seu ponto fraco são as decisões que envolvem riscos difíceis de quantificar, de longo prazo, de acordo com a Hogan Assessments.
Relativamente lento, esse tomador de decisão também se baseia em dados, mas é paciente e visa ganhos de longo prazo e vantagem estratégica. É eficiente em abrir mão de resultados imediatos para conseguir ganhos maiores no futuro. O líder estilo investidor tende a revisar decisões passadas e não tem muito sucesso com resoluções rápidas, necessárias para resolver problemas urgentes e fazer correções.
O profissional com perfil tributarista usa dados para criar uma defesa contra ameaças específicas. É bom em analisar ameaças de longo prazo, que podem trazer consequências no futuro e não demandam decisões urgentes. Ele não é muito bem-sucedido quando o assunto são decisões rápidas e holísticas, que envolvem oportunidades imediatas.
O político toma decisões rápidas, mas baseadas em uma visão global de todas as visões estratégicas disponíveis, que visam vantagens competitivas no longo prazo. Esse líder é bom em enxergar o todo e pensar fora da caixa, mas não consegue sucesso ao solucionar problemas imediatos. Ele prioriza a qualidade em vez do pragmatismo.
Com intuição e experiências passadas, esse líder busca amenizar ameaças globais e obter vantagens estratégicas no futuro. É bom em tomar decisões abrangentes, tem uma forte posição defensiva para prevenir riscos. Entretanto, ele não é bem-sucedido em situações que exigem resoluções rápidas e que visam ganhos imediatos. O jogador de xadrez também tende a superestimar o valor dos dados para identificar oportunidades, segundo a Hogan Assessments.
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