5 empresas brasileiras com problemas recentes na Argentina
Da frágil situação econômica à intervenção do governo de Cristina Kirchner, companhias enfrentam diversos obstáculos
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2013 às 10h19.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h35.
São Paulo – Seja pela proximidade geográfica, seja pelas origens latinas e o Mercosul , a Argentina sempre é citada como um mercado interessante para as empresas brasileiras. O problema é que, nos últimos tempos, a frágil economia argentina e as intervenções da presidente Cristina Kirchner criaram várias dificuldades para quem investe por lá. Veja, a seguir, seis empresas brasileiras que passaram por problemas recentes na Argentina.
O exemplo mais recente é o da ALL (América Latina Logística). Nesta terça-feira, o ministro do Interior e Transportes da Argentina, Florencio Randazzo, afirmou que as concessões ferroviárias da ALL foram retomadas, porque a empresa não teria cumprido com suas obrigações contratuais, como os investimentos programados. A empresa afirma que não foi oficialmente comunicada, mas que a Argentina não representa mais uma fonte importante de resultados.
Outro caso ruidoso foi o da Vale , que cancelou, no começo do ano, um investimento de 9 bilhões de dólares programado para a implantação de uma unidade de potássio no Rio Colorado, na província de Mendoza. A Vale pleiteava maior flexibilidade tributária e cambial para tocar o projeto, mas não houve acordo com o governo. Do total previsto, 2,2 bilhões de dólares já teriam sido gastos pela empresa no Rio Colorado.
Em abril, a fabricante de louças e metais sanitários Deca fechou sua fábrica em Buenos Aires, após anos de prejuízo. Controlada pela Duratex, a empresa havia chegado ao país em 1995, com a compra da Irmãos Piazza. Na época, a empresa informou que pretende manter a marca no país, mas não detalhou seus novos planos.
A JBS , maior processadora de carne do mundo, também teve seus planos atrapalhados. Para conter a inflação e evitar o desabastecimento, o governo argentino determinou que os frigoríficos vendam 1 quilo de carne no país a preço tabelado e abaixo do custo, para cada 2,5 quilos exportados. Como o plano do JBS era transformar a Argentina em plataforma de exportação, as restrições impactaram a empresa, que fechou quatro dos cinco frigoríficos locais.
A Alpargatas , dona da marca Havaianas , é outra empresa que estaria enfrentando problemas na Argentina. No seu caso, o problema seria a dificuldade em converter pesos em dólares, o que emperra a remessa de recursos para o Brasil.
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