10 notícias de negócios que foram destaques nesta semana

Nesta semana, o empresário Eike Batista colocou lenha na fogueira de mais um dos boatos de aquisições que protagoniza. E dessa vez o alvo é o canal de televisão aberta SBT, emissora de Silvio Santos. Em entrevista na tarde desta terça-feira, Eike afirmou que sim, "o interesse pelo SBT é real". As informações são do site Glamurama. De acordo com o site, ao ser questionado sobre os rumores de que compraria o canal do Baú, o empresário confirmou que está avaliando uma oferta pelo SBT, mas ainda não fez nenhuma proposta direta. "Como empresário, olho tudo. Não tenho expertise na área, mas posso contratar quem tem. É um interesse real meu, mas ainda não fiz nenhuma proposta", declarou, ainda segundo o Glamurama.

A fabricante italiana de bebidas Campari anunciou na segunda-feira a compra da companhia jamaicana de rum Lascelles de Mercado por 414,7 milhões de dólares. O negócio deve ser concluído no quarto trimestre de 2012. O preço do negócio correspondeu a um múltiplo de 15 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de junho de 2012, ou 4,32 dólares por ação ordinária.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou nesta semana uma decisão que condenava o Bradesco a pagar indenização de 1,4 trilhão de reais a um correntista. O cliente do banco teve 4.505,30 reais desviados da sua conta em 1994 e até hoje tenta recuperar o valor. A Justiça determinou a devolução da quantia com correção monetária e juros no mesmo percentual que seria cobrado caso o cliente ficasse com a conta no vermelho e caísse no cheque especial. O Bradesco recorreu, mas a decisão foi mantida. A lógica de fazer o banco arcar com sua própria política fez o montante devido crescer astronomicamente: com o processo se arrastando na Justiça, a conta chegou a 700.000 reais apenas quatro anos depois do ocorrido, pulando para 9 milhões em 2000 e incríveis 1,4 trilhão de reais em 2012. A Justiça reconheceu que os bancos adotam o cálculo de juros compostos, mas afirmou que a prática seria lamentável, pois penalizaria os consumidores que não batem à porta do Judiciário para questionar a cobrança abusiva. Procurado por EXAME.com, o banco afirmou que não comenta assuntos que estão correndo na Justiça.

A Andina, engarrafadora da Coca-Cola no Chile e Argentina, comprou 40% das ações da Sorocaba Refrescos. A participação adquirida pertencia à Renosa, engarrafadora da Coca-Cola no Brasil. A operação foi fechada por 145 milhões de reais. O negócio reforça a atuação da Andina no Brasil – a companhia possui duas unidades em operação por aqui. De acordo com comunicado, a aquisição deve ser concluída nos próximos 180 dias.

A Diebold, companhia que atua no setor de automação bancária, comprou, por meio de sua subsidiária no Brasil, a GAS Tecnologia. As informações são do jornal Valor Econômico, desta quarta-feira. De acordo com a reportagem, os detalhes financeiros da operação não foram revelados, mas a GAS Tecnologia, que cria programas para proteção bancária, tem faturamento de cerca de 30 milhões de reais por ano. A aquisição é a segunda fechada pela Diebold no Brasil. No final da década de 90, a companhia havia comprado a Procomp no país. Ainda segundo o Valor, os 125 funcionários da companhia serão mantidos e os executivos da GAS Tecnologia vão, a partir de agora, se reportar ao vice-presidente de tecnologia da Dielbold no país,

Na última terça, a Vale anunciou que irá provisionar 1,1 bilhão de reais referentes à "perda da tese de dedução de transporte da base de cálculo da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM)", como informou a mineradora em comunicado aos investidores. A CFEM incide sobre o faturamento das empresas de mineração.  Na prática, o governo cobra descontos realizados pela empresa no recolhimento de royalties nos últimos anos, com gastos com seguro e transporte. As deduções estavam no foco da batalha travada entre a Vale e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O montante de 1,1 bilhão se juntará aos 314 milhões de reais já reservados pela Vale e indicados na demonstração contábil do fim de junho,  que significa que as perdas com provisões serão significativamente mais altas no balanço do terceiro trimestre.

O grupo farmacêutico canadense Valeant anunciou na segunda-feira a compra, por US$ 2,6 bilhões, da americana Medicis. Trata-se da décima quinta aquisição feita pela companhia neste ano. A gama de produtos da Medicis varia de tratamentos contra a acne e queratose actínica a antivirais para doenças cutâneas. Em virtude do acordo concluído entre os dois grupos, o Medicis continuará estabelecido no Arizona e continuará operando sob seu nome atual, na condição de filial da Valeant.