Zona do euro deve superar fosso entre suas economias, diz Merkel
Berlim/Helsinki - A chanceler alemã Angela Merkel afirmou neste domingo que o plano de resgate de um trilhão de dólares da União Européia dá somente mais tempo para a zona do euro resolver o seu principal problema: o fosso entre as suas economias mais fortes e mais fracas. Merkel denunciou o que ela chamou de […]
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2010 às 09h30.
Berlim/Helsinki - A chanceler alemã Angela Merkel afirmou neste domingo que o plano de resgate de um trilhão de dólares da União Européia dá somente mais tempo para a zona do euro resolver o seu principal problema: o fosso entre as suas economias mais fortes e mais fracas.
Merkel denunciou o que ela chamou de especulação na semana passada contra o euro, mas argumentou que líderes europeus só podem acalmar a situação resolvendo as grandes diferenças econômicas entre os 16 países que adotam a moeda comum.
"Não fizemos nada mais do que ganhar tempo para ajustar as diferenças em competitividade e déficits orçamentários entre os países da zona do euro", afirmou ela. "Se simplesmente ignorarmos esse problema, não seremos capazes de acalmar a situação."
Falando para sindicalistas, Merkel apoiou o plano de resgate acordado por líderes da União Européia há uma semana com o objetivo de evitar que a crise grega contagiasse outras economias da zona do euro.
Merkel, que até recentemente era relutante com planos de resgate, afirmou que mais era preciso. "Nas semanas que passaram, vimos como tem havido especulação contra o euro. Infelizmente essa especulação só é possível porque há diferenças econômicas consideráveis entre os países da zona do euro."
O responsável pela economia do bloco europeu se juntou aos chamados para que se preste atenção nas dívidas acumuladas pelos países.
"Pelo fato de os países do euro serem conectados pela moeda, é imporante prevenir que políticas econômicas débeis num país ameacem o sucesso de outros", afirmou Olli Rehn.
"A supevisão das políticas tem focado nos déficits, e as dívidas cresceram", escreveu ele em um jornal finlandês.