Voos para lugar nenhum: aéreas asiáticas querem que a moda pegue
Aéreas asiáticas encontraram maneiras de continuar prestando serviços, mesmo em meio às restrições de mobilidade impostas em função da pandemia de covid-19
Ligia Tuon
Publicado em 14 de setembro de 2020 às 16h52.
Última atualização em 14 de setembro de 2020 às 17h18.
Há quem prefira evitar viagens de avião. Mas há também quem pague para voar, nem que o passeio não leve a lugar nenhum. Pensando nesse público, aéreas asiáticas encontraram maneiras de continuar prestando serviços, mesmo em meio às restrições de mobilidade impostas em função da pandemia de covid-19 .
Nessa esteira, a Singapore Airlines (SIA) pretende lançar no mês que vem um voo que sai do aeroporto de Changi e chega no mesmo local, segundo o jornal britânico The Sunday Times. Uma pesquisa conduzida pela companhia aérea em Singapura com 308 pessoas revelou que 75% estariam dispostos a pagar por voos para lugar nenhum. Cada voo deve levar cerca de três horas.
Outras aéreas já testaram a aceitação do público para viagens do tipo em meio à pandemia e o resultado foi positivo. Em agosto, a EVA Air, de Taiwan, preparou um voo para o dia dos pais temático da Hello Kitty. O avião saiu do aeroporto Internacional de Taiwan e voltou para o mesmo lugar após cerca de duas horas e 45 minutos.
As passagens custaram cerca de 180 dólares para a classe econômica e cerca de 215 dólares para a classe executiva. Durante a viagem, a empresa serviu uma refeição especial elaborada por um chef famoso da região, e os passageiros ganharam presentinhos da Hello Kitty, além de terem a oportunidade de fazerem compras no duty-free.
Também em agosto, a japonesa All Nippon Airways decolou e pousou no aeroporto de Narita, em Tóquio, com cerca de 300 passageiros. Aos clientes, a empresa prometeu "experiência de resort havaiano no aeroporto e a bordo".