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Violência se propaga pelo oeste da Ucrânia

Várias cidades do oeste da Ucrânia foram palco de uma onda de ataques e desordens públicas

Cartaz do presidente Viktor Yanukovich em meio ao fogo em Lviv, na Ucrânia: milhares atacaram e queimaram várias administrações do Estado (Marian Striltsiv/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 11h03.

Kiev -Os protestos antigovernamentais, que explodiram na terça-feira em Kiev e que deixaram pelo menos 25 mortos nas últimas 24 horas, se propagam no oeste da Ucrânia , onde grupos de manifestantes atacam sedes de administrações locais e do Estado, e queimam carros policiais.

Segundo a imprensa local, milhares de manifestantes atacaram nesta madrugada um quartel das forças de Interior em Lviv, considerada por muitos o berço do "separatismo ocidental" e o nacionalismo ucraniano.

Os ativistas invadiram o quartel e lançaram coquetéis Molotov, ateando fogo em várias instalações na zona.

No entanto, a polícia conseguiu acalmar os atacantes para impedir que estes tivessem acesso às armas de fogo armazenadas no quartel.

O Comitê do Maidan (como se conhece o protesto popular contra o presidente Viktor Yanukovich) da região de Lviv anunciou uma mobilização geral de voluntários para se deslocar a Kiev, onde os distúrbios tomaram força e os feridos já são centenas.

Segundo a imprensa local, a oposição fez chamadas similares em outras cidades ocidentais como Odessa, Rivne, Ivano-Frankivsk e Úzhgorod.

Provavelmente por esta razão as autoridades da capital ucraniana, que ontem fecharam toda a rede de metrô, restringiram o acesso por estrada à capital desde o oeste do país.

Também foi detido um trem de passageiros procedente de Lviv com destino a Kiev, imobilizado por agentes de segurança sem que fosse informado o motivo oficialmente.

Milhares de manifestantes enfurecidos atacaram e queimaram na madrugada passada várias administrações do Estado, inclusive a sede regional dos serviços secretos da Ucrânia, onde ocuparam os despachos e levaram os móveis para rua a fim de construir barricadas.


Os manifestantes atiraram documentos pela janela, além de queimar um microônibus e tombar carros policiais em frente ao edifício, segundo testemunhos de vários jornalistas de meios de comunicação locais que presenciaram os fatos.

Os atacantes também queimaram uma imagem do presidente Viktor Yanukovich com exclamações de alegria e aplausos.

Algo parecido correu a cidade de Ternópol, onde a massa enfurecida incendiou uma delegacia da polícia, enquanto na cidade de Ivano-Frankivsk, os edifícios da Promotoria e do Comitê de Segurança da Ucrânia foram ocupadas por ativistas opositores.

Em Rivne, os manifestantes se apoderaram da base das forças antidistúrbios "Berkut", expulsaram do edifício os agentes e bloquearam com barricadas o centro da cidade.

Segundo o portal "comments.us", em Lutsk, uma das cidades mais antigas da região ocidental de Volinia, os radicais atacaram a sede do Partido Comunista da Ucrânia e queimaram o escritório do governista Partido das Regiões.

Cerca de dois mil manifestantes se congregaram na praça central de Úzhgorod em sinal de apoio aos opositores de Kiev, que exigem a destituição de Yanukovich e protestam contra a decisão dos governistas de suspender a associação com a União Europeia .

Centenas de ativistas invadiram a sede da Prefeitura dessa cidade sem que os policiais oferecessem resistência.

A violência começou na terça-feira no centro de Kiev, com dezenas de feridos à bala em ambos os bandos.

Durante a manhã, em uma manifestação de milhares de manifestantes rumo à Rada Suprema (Parlamento ucraniano), justo depois que entrou em vigor a anistia de todos os detidos nos protestos dos últimos três meses.

Os enfrentamentos começaram quando a polícia tentou impedir a passagem de uma grande manifestação opositora para pedir a restituição da Constituição de 2004, que limitaria os poderes do presidente.

*Atualizada às 11h03 do dia 19/02/2014

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Kiev -Os protestos antigovernamentais, que explodiram na terça-feira em Kiev e que deixaram pelo menos 25 mortos nas últimas 24 horas, se propagam no oeste da Ucrânia , onde grupos de manifestantes atacam sedes de administrações locais e do Estado, e queimam carros policiais.

Segundo a imprensa local, milhares de manifestantes atacaram nesta madrugada um quartel das forças de Interior em Lviv, considerada por muitos o berço do "separatismo ocidental" e o nacionalismo ucraniano.

Os ativistas invadiram o quartel e lançaram coquetéis Molotov, ateando fogo em várias instalações na zona.

No entanto, a polícia conseguiu acalmar os atacantes para impedir que estes tivessem acesso às armas de fogo armazenadas no quartel.

O Comitê do Maidan (como se conhece o protesto popular contra o presidente Viktor Yanukovich) da região de Lviv anunciou uma mobilização geral de voluntários para se deslocar a Kiev, onde os distúrbios tomaram força e os feridos já são centenas.

Segundo a imprensa local, a oposição fez chamadas similares em outras cidades ocidentais como Odessa, Rivne, Ivano-Frankivsk e Úzhgorod.

Provavelmente por esta razão as autoridades da capital ucraniana, que ontem fecharam toda a rede de metrô, restringiram o acesso por estrada à capital desde o oeste do país.

Também foi detido um trem de passageiros procedente de Lviv com destino a Kiev, imobilizado por agentes de segurança sem que fosse informado o motivo oficialmente.

Milhares de manifestantes enfurecidos atacaram e queimaram na madrugada passada várias administrações do Estado, inclusive a sede regional dos serviços secretos da Ucrânia, onde ocuparam os despachos e levaram os móveis para rua a fim de construir barricadas.


Os manifestantes atiraram documentos pela janela, além de queimar um microônibus e tombar carros policiais em frente ao edifício, segundo testemunhos de vários jornalistas de meios de comunicação locais que presenciaram os fatos.

Os atacantes também queimaram uma imagem do presidente Viktor Yanukovich com exclamações de alegria e aplausos.

Algo parecido correu a cidade de Ternópol, onde a massa enfurecida incendiou uma delegacia da polícia, enquanto na cidade de Ivano-Frankivsk, os edifícios da Promotoria e do Comitê de Segurança da Ucrânia foram ocupadas por ativistas opositores.

Em Rivne, os manifestantes se apoderaram da base das forças antidistúrbios "Berkut", expulsaram do edifício os agentes e bloquearam com barricadas o centro da cidade.

Segundo o portal "comments.us", em Lutsk, uma das cidades mais antigas da região ocidental de Volinia, os radicais atacaram a sede do Partido Comunista da Ucrânia e queimaram o escritório do governista Partido das Regiões.

Cerca de dois mil manifestantes se congregaram na praça central de Úzhgorod em sinal de apoio aos opositores de Kiev, que exigem a destituição de Yanukovich e protestam contra a decisão dos governistas de suspender a associação com a União Europeia .

Centenas de ativistas invadiram a sede da Prefeitura dessa cidade sem que os policiais oferecessem resistência.

A violência começou na terça-feira no centro de Kiev, com dezenas de feridos à bala em ambos os bandos.

Durante a manhã, em uma manifestação de milhares de manifestantes rumo à Rada Suprema (Parlamento ucraniano), justo depois que entrou em vigor a anistia de todos os detidos nos protestos dos últimos três meses.

Os enfrentamentos começaram quando a polícia tentou impedir a passagem de uma grande manifestação opositora para pedir a restituição da Constituição de 2004, que limitaria os poderes do presidente.

*Atualizada às 11h03 do dia 19/02/2014

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