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Violência contra a mulher já matou 1.800 na AL este ano

Os dados não incluem Brasil e México, que não têm disponíveis números tão atualizados

Mulheres protestam na Bolívia: país é, segundo números do Pnud, onde mais mulheres afirmam ter sofrido violência sexual ou física pelo companheiro íntimo (Aizar Raldes/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 18h50.

Bogotá - O Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher foi lembrado na América Latina com atividades que evidenciaram o tamanho de um problema social pelo qual já passaram 70% das mulheres no mundo, segundo dados da ONU .

Neste ano morreram na América Latina pelo menos 1.800 mulheres por causa da violência de gênero. E estes dados não incluem Brasil e México, que não têm disponíveis números tão atualizados.

A campanha mundial Organização das Nações Unidas pediu que hoje as mulheres usassem uma peça laranja para fazer visíveis os milhares de casos ocultos pelo medo e denunciar que 603 milhões de mulheres e meninas vivem em países onde a violência de gênero segue sem ser considerada um crime.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cobrou que todos os governo combatam essa opressão com vontade política, com aumento dos recursos para prevenção, atenção e erradicação "nos lares, nas escolas, em cada país e em cada sociedade".

A América Latina não ignora um flagelo que a presidente Dilma Rousseff diz "envergonhar" qualquer sociedade que quer ser "mais justa, cidadã e solidária".

Segundo dados da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe, 45% das mulheres da região dizem já ter recebido ameaças por seus companheiros, sejam namorados ou maridos.

Não só há milhares de mulheres latino-americanas que são vítimas da violência de gênero, mas a data escolhida pela ONU para o Dia Internacional está relacionada com a região. É a data do do brutal assassinato, em 1960, das irmãs dominicanas Pátria, Minerva e María Teresa Mirabal pela ditadura de Rafael Trujillo.


A Bolívia é, segundo números do Pnud citadas pelo Programa ONU-Mulheres, o país onde mais mulheres (52%) afirmam ter sofrido violência sexual ou física pelo companheiro íntimo, seguida por Colômbia (39%), Peru (39%) e Equador (31%).

O Centro de Informação e Desenvolvimento da Mulher da Bolívia tem contabilizadas 89 mortes de mulheres por violência machista, o feminicídio, nos primeiros dez meses do ano, mas adverte que pode haver muitos mais casos, pois estes dados só se referem aos que forem divulgados nos meios de comunicação.

No Equador, onde existe uma "discriminação estrutural" contra meninas e mulheres segundo a ONG Plan International, 78% das meninas disse já ter recebido algum tipo de maus-tratos em seus lares, e 41% nas escolas.

Segundo dados do Observatório de Feminicídio da ONG Casa do Encontro, na Argentina foram assassinadas 1.236 mulheres e meninas nos últimos cinco anos, 255 deles só em 2012.

A impunidade é "um dos principais e mais graves fatores que promove a violência contra as mulheres", disse a Defensoria Pública da Bolívia, país onde desde março o feminicídio é punido com até 30 anos de prisão.

A falta de uma lei integral contra a violência contra as mulheres e a carência de estatísticas oficiais de vítimas de maus-tratos são as principais dívidas do Estado paraguaio nesse tema, disse à agência Efe o Comitê da América Latina e o Caribe de Defesa dos Direitos da Mulher.

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Bogotá - O Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher foi lembrado na América Latina com atividades que evidenciaram o tamanho de um problema social pelo qual já passaram 70% das mulheres no mundo, segundo dados da ONU .

Neste ano morreram na América Latina pelo menos 1.800 mulheres por causa da violência de gênero. E estes dados não incluem Brasil e México, que não têm disponíveis números tão atualizados.

A campanha mundial Organização das Nações Unidas pediu que hoje as mulheres usassem uma peça laranja para fazer visíveis os milhares de casos ocultos pelo medo e denunciar que 603 milhões de mulheres e meninas vivem em países onde a violência de gênero segue sem ser considerada um crime.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cobrou que todos os governo combatam essa opressão com vontade política, com aumento dos recursos para prevenção, atenção e erradicação "nos lares, nas escolas, em cada país e em cada sociedade".

A América Latina não ignora um flagelo que a presidente Dilma Rousseff diz "envergonhar" qualquer sociedade que quer ser "mais justa, cidadã e solidária".

Segundo dados da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe, 45% das mulheres da região dizem já ter recebido ameaças por seus companheiros, sejam namorados ou maridos.

Não só há milhares de mulheres latino-americanas que são vítimas da violência de gênero, mas a data escolhida pela ONU para o Dia Internacional está relacionada com a região. É a data do do brutal assassinato, em 1960, das irmãs dominicanas Pátria, Minerva e María Teresa Mirabal pela ditadura de Rafael Trujillo.


A Bolívia é, segundo números do Pnud citadas pelo Programa ONU-Mulheres, o país onde mais mulheres (52%) afirmam ter sofrido violência sexual ou física pelo companheiro íntimo, seguida por Colômbia (39%), Peru (39%) e Equador (31%).

O Centro de Informação e Desenvolvimento da Mulher da Bolívia tem contabilizadas 89 mortes de mulheres por violência machista, o feminicídio, nos primeiros dez meses do ano, mas adverte que pode haver muitos mais casos, pois estes dados só se referem aos que forem divulgados nos meios de comunicação.

No Equador, onde existe uma "discriminação estrutural" contra meninas e mulheres segundo a ONG Plan International, 78% das meninas disse já ter recebido algum tipo de maus-tratos em seus lares, e 41% nas escolas.

Segundo dados do Observatório de Feminicídio da ONG Casa do Encontro, na Argentina foram assassinadas 1.236 mulheres e meninas nos últimos cinco anos, 255 deles só em 2012.

A impunidade é "um dos principais e mais graves fatores que promove a violência contra as mulheres", disse a Defensoria Pública da Bolívia, país onde desde março o feminicídio é punido com até 30 anos de prisão.

A falta de uma lei integral contra a violência contra as mulheres e a carência de estatísticas oficiais de vítimas de maus-tratos são as principais dívidas do Estado paraguaio nesse tema, disse à agência Efe o Comitê da América Latina e o Caribe de Defesa dos Direitos da Mulher.

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