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'Ventos mortais': Caribe se prepara para o furacão Beryl 'extremamente perigoso'

Fenômeno está se fortalecendo sobre o Atlântico e deve atingir Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada

Furacão Willa sobe para categoria 4 na costa do México no Pacífico (NOAA/Divulgação/Reuters)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 30 de junho de 2024 às 11h59.

Uma vasta área do Caribe está em alerta neste domingo, 30, depois de Beryl ter ganhado força para se tornar o primeiro furacão da temporada atlântica de 2024, com alertas de meteorologistas para uma tempestade de categoria 4 "extremamente perigosa".

O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) informou que Beryl está se movendo cerca de 750 quilômetros a leste de Barbados, no oceano Atlântico, e que espera que traga "ventos mortais e tempestades ciclônicas" quando chegar às ilhas de Barlavento na manhã de segunda-feira.

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O NHC alertou que a tempestade está "se fortalecendo" e previu que se tornará um "furacão de categoria 4 extremamente perigoso" ao atingir as comunidades caribenhas.

Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada estão em alerta de furacão, enquanto Martinica, Tobago e Dominica estão em alerta de tempestade tropical, detalhou o NHC no seu último comunicado.

Em Bridgetown, capital de Barbados, os carros faziam fila nos postos de gasolina, enquanto os supermercados e mercearias estavam lotados de pessoas que compravam alimentos, água e outros suprimentos.

Um grande furacão é considerado de categoria 3 ou superior na escala Saffir-Simpson quando tem ventos de pelo menos 179 km/h. Uma tempestade de categoria 4 tem ventos sustentados de pelo menos 209 km/h.

Segundo os especialistas, uma tempestade tão poderosa no início da temporada de furacões, que vai do início de junho ao final de novembro no Atlântico, é extremamente rara.

"Apenas cinco grandes furacões (categoria 3+) foram registrados no Atlântico antes da primeira semana de julho. Beryl seria o sexto e com a aparição mais rápida nesta extremidade do Atlântico tropical", escreveu na rede X o especialista em furacões Michael Lowry.

O NHC observou que às 5h00 (06h00 no horário de Brasília) deste domingo, os ventos máximos sustentados de Beryl aumentaram para cerca de 160 km/h. A escala Saffir-Simpson designa furacões de categoria 1 com ventos de pelo menos 119 km/h.

"Espera-se condições de furacão na zona de alerta de furacão a partir da manhã de segunda-feira", acrescentou a entidade, alertando para chuvas fortes, enchentes e tempestades que poderão elevar os níveis da água até 2,7 metros acima do normal.

"As velocidades do vento nos topos e encostas de colinas e montanhas são muitas vezes até 30% mais forte do que os ventos próximos à superfície", disse o NHC.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) declarou no final de maio que espera que este ano seja uma temporada de furacões "extraordinária", com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.

A agência citou as temperaturas quentes do oceano Atlântico e as condições relacionadas com o fenômeno climático La Niña no Pacífico para explicar o aumento das tempestades.

Nos últimos anos, os fenômenos meteorológicos extremos, incluindo furacões, tornaram-se mais frequentes e devastadores como resultado da mudança climática.

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