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Venezuela pode aderir a acordo comercial para ficar no Mercosul

Os quatro fundadores do Mercosul bloquearam, em setembro passado, a presidência pró-tempore da Venezuela

Venezuela: o convênio contempla barreiras comuns e livre-circulação de produtos (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)

Venezuela: o convênio contempla barreiras comuns e livre-circulação de produtos (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)

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AFP

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 22h11.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 22h11.

Venezuela se declarou disposta, nesta terça-feira (29), a aderir a um acordo comercial do Mercosul, como exigem seus sócios, para não ser excluída do bloco na próxima quinta-feira.

"Finalizadas as revisões técnicas, a Venezuela se encontra em condições de aderir ao Acordo de Complementação Econômica", afirmou a chanceler Delcy Rodríguez, em uma carta dirigida a seus homólogos de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Rodríguez ressaltou que, atendendo aos "princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio que regem seu processo de adequação ao Mercosul, (a Venezuela) está preparada para iniciar imediatamente o processo de adesão".

O convênio contempla barreiras comuns e livre-circulação de produtos.

Os quatro fundadores do Mercosul bloquearam, em setembro passado, a presidência pró-tempore da Venezuela, que lhe correspondia por ordem alfabética, alegando que descumpre resoluções econômicas e de direitos humanos.

Na época, um comunicado do Palácio Itamaraty impôs então várias condições que Caracas deve cumprir antes de 1º de dezembro para se manter como membro ativo.

Apesar de aceitar o acordo tarifário, a Venezuela reiterou que uma eventual exclusão é ilegal.

"Nem saímos, nem vão nos tirar do Mercosul", declarou Rodríguez na segunda-feira, enquanto convocava para esta quinta-feira manifestações frente às embaixadas venezuelanas nos países do grupo em apoio à sua permanência.

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