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Venezuela pede reunião de emergência da Opep

País quer uma reunião para conter a queda nos preços internacionais do petróleo


	Trabalhador em uma refinaria da Petroleos de Venezuela SA ( PDVSA), perto de Punto Fijo
 (Diego Giudice/Bloomberg News)

Trabalhador em uma refinaria da Petroleos de Venezuela SA ( PDVSA), perto de Punto Fijo (Diego Giudice/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 17h50.

Caracas - A Venezuela quer que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) realize uma reunião de emergência para conter a queda nos preços internacionais da commodity, disse o ministro de Relações Exteriores, Rafael Ramirez, nesta sexta-feira, no primeiro pedido formal de um dos membros do cartel por alguma ação, antes da reunião do grupo marcada para novembro.

"Nós recebemos instruções do presidente para pedir uma reunião extraordinária da Opep", disse Ramirez, que era ministro de Petróleo e presidente da petroleira estatal PDVSA até uma recente reforma ministerial realizada por Nicolas Maduro.

"Nós acreditamos que a Opep tem que coordenar algum tipo de ação para encerrar a queda no preço do petróleo, especialmente quando estamos convencidos de que isso não tem nada a ver com situações de mercado, mas com uma manipulação do preço para criar problemas para os grandes países produtores", disse Ramirez.

A próxima reunião regular da Opep está agendada para 27 de novembro, mas alguns membros já vêm falando sobre a necessidade de reduzir a produção para reerguer os preços, que caíram nos últimos dias ao menor patamar desde 2010.

Embora a Venezuela seja um dos membros fundadores da Opep, sua influência encolheu nos últimos anos, com uma produção enfraquecida e mostrando pouca disposição para unir-se a outros membros do grupo em cortes de produção.

A queda de preços ocorre em um mau momento para a Venezuela, cuja economia acredita-se estar em recessão, apesar de dados oficias fortes sobre o PIB, e que está sob pressão do vencimento de títulos de dívida este ano e no próximo.

"É um preço que não é bom para ninguém e há um significativo excedente de produção", disse Ramirez. "Nossa posição na Opep sempre tem sido de buscar estabilidade no mercado de petróleo. Não é bom para ninguém ter uma guerra de preços, que os preços caiam abaixo de 100 dólares por barril." O barril do Brent fechou a 90,21 dólares nesta sexta-feira, na bolsa ICE Futures.

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