Fronteira Brasil-Venezuela-Guiana: chanceleres dos dois países vão se encontrar em Trinidad e Tobago "na esperança de resolver diplomaticamente as diferenças que existam entre os dois lados" (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 08h36.
Caracas - Venezuela e Guiana irão se reunir na quinta-feira para resolver o destino de um navio e da tripulação a serviço de uma empresa de exploração de petróleo dos EUA, que a Venezuela deteve em águas disputadas há mais de um séculos pelos dois vizinhos sul-americanos.
Os chanceleres de ambos os países conversaram por telefone e vão se encontrar em Trinidad e Tobago "na esperança de resolver diplomaticamente as diferenças que existam entre os dois lados", disse o governo venezuelano em comunicado.
Uma autoridade guianesa, que pediu anonimato, confirmou o encontro. Segundo ele, há cerca de 20 trabalhadores de oito países a bordo da embarcação, incluindo de Brasil, Rússia e Estados Unidos.
A Marinha da Venezuela deteve na quinta-feira o barco de pesquisa RV Teknik Perdana, que estava sendo usado pela empresa texana Anadarko. A Venezuela disse que a embarcação violou as águas territoriais do país. A Guiana diz que o barco estava dentro de seu território marítimo e que a ação da Venezuela ameaçou a segurança nacional.
A embarcação foi levada para a ilha venezuela de Margarita. O capitão do navio, o ucraniano Igor Bekirov, foi convocado a prestar depoimento em um tribunal por acusação de violar as águas venezuelanas, de acordo com autoridades do Judiciário local.
A Anadarko disse que a tripulação estava bem.