Venezuela e Colômbia retomam relação após parêntese
Países retomaram suas relações sob promessas de "recuperar o tempo perdido" após um parêntese de dois meses
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2013 às 23h23.
Puerto Ayacucho - Venezuela e Colômbia retomaram nesta segunda-feira suas relações sob promessas de "recuperar o tempo perdido" e de retomar o diálogo bilateral, após um parêntese de dois meses no qual o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou a acusar o país vizinho de desestabilização.
Maduro e o governante colombiano, Juan Manuel Santos, tiveram hoje um encontro privado na cidade fronteiriça de Puerto Ayacucho (Venezuela), no qual buscaram virar a página no conflito diplomático aberto em maio depois da visita do líder opositor venezuelano, Henrique Capriles, a Bogotá.
Em um pronunciamento conjunto aos jornalistas após a reunião, que segundo a imprensa venezuelana se estendeu por mais de duas horas e meia, os dois presidentes destacaram a importância de que ambos países trabalhem unidos respeitando suas diferenças.
"Nós o dissemos muito francamente, há aspectos onde não estamos de acordo, temos visões diferentes sobre muitas coisas, mas temos a imensa obrigação e responsabilidade de trabalhar juntos, e é o que vamos fazer", disse Santos.
"Poderia se dizer que é um reinício em nossas relações (...), saio com muito entusiasmo", expressou o presidente colombiano.
Por sua vez, Maduro assinalou que "separados" nenhum dos dois países tem futuro e que o caminho para uma boa relação é o "respeito, a comunicação permanente, a cooperação crescente".
Os dois líderes, que estiveram acompanhados por seus respectivos chanceleres, acordaram reativar a agenda bilateral e a trabalhar em "três temas específicos": a luta contra a insegurança e o contrabando, a cooperação em matéria energética e a troca comercial.
A reunião de hoje, a primeira entre ambos desde que Maduro assumiu a presidência da Venezuela, em abril, serviu para diminuir a tensão depois que Maduro acusou a Colômbia de "conspirar" contra ele e de inclusive montar um plano para "assassiná-lo", o que foi negado por Santos.
A retórica da Venezuela contra a Colômbia aumentou depois que, no final de maio, Capriles, que não reconhece o triunfo de Maduro nas eleições de abril, foi recebido por Santos na Casa de Governo colombiana quando realizava uma visita para denunciar uma suposta "fraude" eleitoral.
Maduro considerou esse encontro como "uma punhalada nas costas" e chegou a ameaçar retirar seu apoio ao processo de paz promovido por Santos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Cuba.
Após o encontro desta segunda-feira, Maduro ofereceu a Santos ajuda para que "a paz chegue a bom termo à Colômbia".
Em sua reunião em uma base militar, os dois líderes, vestidos de maneira informal, lembraram também de Hugo Chávez, e Santos disse querer repetir com Maduro "a relação positiva" que tinha com o falecido presidente venezuelano. EFE
Puerto Ayacucho - Venezuela e Colômbia retomaram nesta segunda-feira suas relações sob promessas de "recuperar o tempo perdido" e de retomar o diálogo bilateral, após um parêntese de dois meses no qual o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou a acusar o país vizinho de desestabilização.
Maduro e o governante colombiano, Juan Manuel Santos, tiveram hoje um encontro privado na cidade fronteiriça de Puerto Ayacucho (Venezuela), no qual buscaram virar a página no conflito diplomático aberto em maio depois da visita do líder opositor venezuelano, Henrique Capriles, a Bogotá.
Em um pronunciamento conjunto aos jornalistas após a reunião, que segundo a imprensa venezuelana se estendeu por mais de duas horas e meia, os dois presidentes destacaram a importância de que ambos países trabalhem unidos respeitando suas diferenças.
"Nós o dissemos muito francamente, há aspectos onde não estamos de acordo, temos visões diferentes sobre muitas coisas, mas temos a imensa obrigação e responsabilidade de trabalhar juntos, e é o que vamos fazer", disse Santos.
"Poderia se dizer que é um reinício em nossas relações (...), saio com muito entusiasmo", expressou o presidente colombiano.
Por sua vez, Maduro assinalou que "separados" nenhum dos dois países tem futuro e que o caminho para uma boa relação é o "respeito, a comunicação permanente, a cooperação crescente".
Os dois líderes, que estiveram acompanhados por seus respectivos chanceleres, acordaram reativar a agenda bilateral e a trabalhar em "três temas específicos": a luta contra a insegurança e o contrabando, a cooperação em matéria energética e a troca comercial.
A reunião de hoje, a primeira entre ambos desde que Maduro assumiu a presidência da Venezuela, em abril, serviu para diminuir a tensão depois que Maduro acusou a Colômbia de "conspirar" contra ele e de inclusive montar um plano para "assassiná-lo", o que foi negado por Santos.
A retórica da Venezuela contra a Colômbia aumentou depois que, no final de maio, Capriles, que não reconhece o triunfo de Maduro nas eleições de abril, foi recebido por Santos na Casa de Governo colombiana quando realizava uma visita para denunciar uma suposta "fraude" eleitoral.
Maduro considerou esse encontro como "uma punhalada nas costas" e chegou a ameaçar retirar seu apoio ao processo de paz promovido por Santos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Cuba.
Após o encontro desta segunda-feira, Maduro ofereceu a Santos ajuda para que "a paz chegue a bom termo à Colômbia".
Em sua reunião em uma base militar, os dois líderes, vestidos de maneira informal, lembraram também de Hugo Chávez, e Santos disse querer repetir com Maduro "a relação positiva" que tinha com o falecido presidente venezuelano. EFE