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Vendas de armas superaram US$ 400 bilhões em 2009

EUA foram o país com mais vendas, graças à alta demanda do próprio governo

Militares palestinos: Lockheed Martin, dos EUA, recuperou o 1º lugar no ranking de vendas de armas (Mahmud Hams/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h30.

Estocolmo - Os 100 maiores fabricantes mundiais de armamento, com exceção da China, venderam em 2009 um total de 401 bilhões de dólares, e os Estados Unidos foram o país com mais vendas graças à demanda constante do governo, informa o relatório do Instituto Internacional de Estudos para a Paz (Sipri).

"As vendas combinadas das 100 empresas mais importantes de armamento (Top 100) aumentaram 14,8 bilhões de dólares em 2009 na comparação com 2008, o que representa um aumento de 8%, segundo o Sipri, que tem sede em Estocolmo.

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Durante 2009, as vendas de armas do Top 100 alcançaram US$ 401 bilhões, incluindo 247 bilhões (61,5%) de lucros para 45 empresas com sede nos Estados Unidos.

"Os gastos em bens e serviços militares do governo dos Estados Unidos são um fator determinante no aumento das vendas de armas das empresas americanas e para as empresas da Europa ocidental que estão no mercado dos EUA", afirma Susan Jackson, analista da indústria do armamento do Sipri.

Em 2009, o grupo de defesa americano Lockheed Martin recuperou o primeiro lugar no ranking, superando o britânico BAE Systems, com vendas que alcançaram 33,4 bilhões de dólares (33,3 para a empresa inglesa).

Cada empresa tem 8,3% das vendas totais.

A filial americana da BAE vendeu 19,3 bilhões de dólares, o que a colocaria sozinha no sétimo lugar mundial.


A Europa está representada no Top 100 com 33 empresas de nove países (Alemanha, Espanha, Finlândia, França, Itália, Noruega, Grã-Bretanha, Suécia e Suíça), que registraram vendas acumuladas de 120 bilhões de dólares em 2009, o que representa 30% do total.

Entre os 10 maiores vendedores de armas, sete são americanos: Lockheed Martin, Boeing, Northrop Grumman, General Dynamics, Raytheon, L-3 Communications e United Technologies.

O Sipri não levou em consideração a China porque "apesar de vários fabricantes de armas chineses serem suficientemente importantes para integrar o Top 100, é impossível incluí-los por falta de dados comparáveis e suficientemente precisos", explicou Jackson à AFP.

A Ásia está, no entanto, representada na lista com 10 empresas (quatro do Japão, três da Índia, duas da Coreia do Sul e uma de Cingapura), enquanto Israel, Kuwait e Turquia têm uma empresa cada.

O Instituto Internacional de Estudos para a Paz define as vendas de armas como vendas de bens e serviços militares a uma clientela militar, tanto no mercado interno como para a exportação.

Criado em 1966, o Sipri é um instituto internacional independente com sede em Estocolmo, financiado em 50% pelo Estado sueco e especializado nos conflitos, armamento, controle de armas e desarmamento.

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