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Vaticano faz perguntas sobre contracepção e homossexualidade

Santa Sé publicou questionário sobre temas problemáticos da pastoral familiar, nas quais pede opinião aos fiéis em temas como a contracepção e homossexualidade

Fiéis rezam na praça de São Pedro, no Vaticano: trata-se de um apêndice do documento preparatório ao Sínodo de Bispos (Tony Gentile/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 11h44.

Cidade do Vaticano -A Santa Sé publicou nesta terça-feira um questionário de 38 perguntas sobre os temas mais problemáticos da pastoral familiar, no qual pede opinião de fiéis em temas como a contracepção, casais de heterossexuais e gays , e a comunhão aos divorciados que voltam a se casar.

Trata-se de um apêndice do documento preparatório ao Sínodo de Bispos, que será realizado de 5 a 19 de outubro de 2014.

As perguntas permitirão que as paróquias participem ativamente na preparação do Sínodo Extraordinário, que tem como objetivo divulgar o Evangelho diante dos desafios pastorais atuais sobre a família .

O questionário "Sobre a pastoral para enfrentar algumas situações matrimoniais difíceis", documento enviado às Conferências Episcopais, pergunta pela quantidade de divorcidados, separados e casais de fato nas distintas paróquias católicas e como vivem aquelas que foram batizados nesta situação, se se sentem "marginalizados ou sofrem pela impossibilidade de receber os sacramentos".

"Poderia uma simplificação da prática cacônica ao reconhecer uma declaração de nulidade do casamento facilitar uma contribuição positiva para as soluções dos problemas dos católicos divorciados?", pergunta o questionário.

No seguinte questionário sobre "uniões de pessoas do mesmo sexo", o documento pergunta se existe no país uma lei civil de reconhecimento destas uniões equiparadas ao casamento e qual atitudes assumem as igrejas perante esta situação.

"Que atenção pastoral é possível desenvolver em relação às pessoas que elegeram viver neste tipo de união?", também questiona o caso de pessoas do mesmo sexo que tenham adotado crianças.

Segundo o documento preparatório do Sínodo, a fraqueza ou o abandono da fé no sacramentalidade do casamento faz "urgente e "necessária" a proposta dos Evangelhos sobre a família.


"No tempo que estamos vivendo, a evidente crise social e espiritual chega a ser um desafio pastoral, que interpela a missão evangelizadora da Igreja para a família, núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial", afirma.

A importância do tema surge a partir do itinerário de trabalho em dois períodos que o papa decidiu estabelecer para o Sínodo dos Bispos: o primeiro, a Assembleia Geral Extraordinária de 2014, ordenada a delinear o "status quaestionis" e a coletar testemunhos e propostas dos bispos para anunciar e viver de maneira crível o Evangelho da família; o segundo, a Assembleia Geral Ordinária de 2015, para buscar linhas operativas para o pastoral da pessoa humana e da família.

Hoje -assinala o documento- se apresentam problemáticas inéditas desde a difusão de casais de fato, que não se casam e às vezes excluem a ideia do mesmo, como as uniões entre pessoas do mesmo sexo, às quais frequentemente é consentida a adoção de filhos.

Entre as várias novas situações que exigem a atenção e o compromisso pastoral da Igreja, destacam-se também os casamentos mistos ou inter-religiosos, a família monoparental, a poligamia, os casamentos concordados com a conseguinte problemática do dote, o sistema de castas e a difusão da maternidade sub-rogada, entre outros.

Mas, sobretudo, no âmbito mais estritamente eclesial, o enfraquecimento ou o abandono de fé na sacramentalidade do casamento e no poder terapêutico da penitência sacramental.

Portanto, uma reflexão do Sínodo dos Bispos sobre estes temas parece tanto necessária e urgente, quanto imperativa, assinala.

"A doutrina da fé sobre o casamento tem que ser apresentada de maneira comunicativa e eficaz, para que seja capaz de alcançar os corações e de transformá-los segundo a vontade de Deus manifestada em Jesus Cristo", sustenta o documento.

"A beleza da mensagem bíblica sobre a família tem seu fundamento na criação do homem e da mulher, ambos fatos a imagem e semelhança de Deus. Unidos por um vínculo sacramental indissolúvel, os esposos vivem a beleza do amor, da paternidade, da maternidade e da dignidade suprema de participar assim da obra criadora de Deus", assegura.

*Atualizada às 12h44

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Trata-se de um apêndice do documento preparatório ao Sínodo de Bispos, que será realizado de 5 a 19 de outubro de 2014.

As perguntas permitirão que as paróquias participem ativamente na preparação do Sínodo Extraordinário, que tem como objetivo divulgar o Evangelho diante dos desafios pastorais atuais sobre a família .

O questionário "Sobre a pastoral para enfrentar algumas situações matrimoniais difíceis", documento enviado às Conferências Episcopais, pergunta pela quantidade de divorcidados, separados e casais de fato nas distintas paróquias católicas e como vivem aquelas que foram batizados nesta situação, se se sentem "marginalizados ou sofrem pela impossibilidade de receber os sacramentos".

"Poderia uma simplificação da prática cacônica ao reconhecer uma declaração de nulidade do casamento facilitar uma contribuição positiva para as soluções dos problemas dos católicos divorciados?", pergunta o questionário.

No seguinte questionário sobre "uniões de pessoas do mesmo sexo", o documento pergunta se existe no país uma lei civil de reconhecimento destas uniões equiparadas ao casamento e qual atitudes assumem as igrejas perante esta situação.

"Que atenção pastoral é possível desenvolver em relação às pessoas que elegeram viver neste tipo de união?", também questiona o caso de pessoas do mesmo sexo que tenham adotado crianças.

Segundo o documento preparatório do Sínodo, a fraqueza ou o abandono da fé no sacramentalidade do casamento faz "urgente e "necessária" a proposta dos Evangelhos sobre a família.


"No tempo que estamos vivendo, a evidente crise social e espiritual chega a ser um desafio pastoral, que interpela a missão evangelizadora da Igreja para a família, núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial", afirma.

A importância do tema surge a partir do itinerário de trabalho em dois períodos que o papa decidiu estabelecer para o Sínodo dos Bispos: o primeiro, a Assembleia Geral Extraordinária de 2014, ordenada a delinear o "status quaestionis" e a coletar testemunhos e propostas dos bispos para anunciar e viver de maneira crível o Evangelho da família; o segundo, a Assembleia Geral Ordinária de 2015, para buscar linhas operativas para o pastoral da pessoa humana e da família.

Hoje -assinala o documento- se apresentam problemáticas inéditas desde a difusão de casais de fato, que não se casam e às vezes excluem a ideia do mesmo, como as uniões entre pessoas do mesmo sexo, às quais frequentemente é consentida a adoção de filhos.

Entre as várias novas situações que exigem a atenção e o compromisso pastoral da Igreja, destacam-se também os casamentos mistos ou inter-religiosos, a família monoparental, a poligamia, os casamentos concordados com a conseguinte problemática do dote, o sistema de castas e a difusão da maternidade sub-rogada, entre outros.

Mas, sobretudo, no âmbito mais estritamente eclesial, o enfraquecimento ou o abandono de fé na sacramentalidade do casamento e no poder terapêutico da penitência sacramental.

Portanto, uma reflexão do Sínodo dos Bispos sobre estes temas parece tanto necessária e urgente, quanto imperativa, assinala.

"A doutrina da fé sobre o casamento tem que ser apresentada de maneira comunicativa e eficaz, para que seja capaz de alcançar os corações e de transformá-los segundo a vontade de Deus manifestada em Jesus Cristo", sustenta o documento.

"A beleza da mensagem bíblica sobre a família tem seu fundamento na criação do homem e da mulher, ambos fatos a imagem e semelhança de Deus. Unidos por um vínculo sacramental indissolúvel, os esposos vivem a beleza do amor, da paternidade, da maternidade e da dignidade suprema de participar assim da obra criadora de Deus", assegura.

*Atualizada às 12h44

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