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Unicef denuncia EUA por separarem famílias de imigrantes

Nas últimas seis semanas, cerca de 2 mil crianças foram separadas de seus pais ao tentarem entrar de forma ilegal nos Estados Unidos

Família de imigrantes ilegais são separadas nos Estados Unidos (Mike Blake/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de junho de 2018 às 10h53.

Última atualização em 19 de junho de 2018 às 10h56.

Genebra - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou nesta terça-feira a prática americana de separar crianças imigrantes de seus pais na fronteira com o México e lembrou que em qualquer circunstância os menores de idade devem estar sempre junto às suas famílias.

A diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore, disse hoje em comunicado que "parte o coração ver como crianças, alguns deles bebês, que buscavam refúgio nos Estados Unidos são separados dos seus pais".

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Segundo dados oficiais, cerca de 2 mil menores imigrantes foram separados de suas famílias na fronteira com o México em um prazo de seis semanas, devido à política de "tolerância zero" do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a imigração ilegal.

"As crianças, sem levar em conta de onde vêm ou qual é seu status migratório, são crianças antes que tudo. Os que não tiveram outra opção a não ser fugir de suas casas têm o direito de ser protegidos, ter acesso aos serviços essenciais e estar com suas famílias, como qualquer outra criança", acrescentou.

Fore insistiu que "a detenção e a separação das famílias são experiências traumáticas que podem expôr estas crianças à exploração e abuso".

O porta-voz do Unicef Christophe Boulierac foi perguntado hoje em entrevista coletiva sobre se a entidade tem acesso ou se a própria Fore ou algum diretor solicitou visitar os centros onde as crianças estão detidas, mas a pergunta não teve resposta.

Nos EUA é crescente a indignação após terem sido divulgadas imagens de menores imigrantes hospedados em armazéns e, em alguns casos, dentro de recintos divididos em celas.

O porta-voz disse que "não é aceitável" ter os menores trancados e separados dos seus pais e ressaltou "que é terrível não ser capaz de consolar e ajudar uma criança, porque as crianças precisam de afeto e carinho".

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