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23 mil crianças necessitam de apoio após fim do ebola

A maioria das crianças que ficou órfã pelo vírus letal foi amparada por parentes próximos, parentes ou outros membros de suas comunidades

Após a epidemia: "Conter esta epidemia foi uma conquista, mas não podemos esquecer o terrível impacto do ebola nestes países" (Francisco Leong / AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 09h42.

Nairóbi - Cerca de 23 mil crianças que perderam um ou ambos progenitores ou seus cuidadores por causa da epidemia de ebola que atingiu Guiné, Libéria e Serra Leoa durante quase dois anos continuam necessitando de apoio, advertiu nesta quinta-feira o Unicef.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância lembrou a situação na qual ficaram milhares de crianças órfãs no dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da epidemia na África Ocidental, onde 11,3 mil pessoas morreram.

O anúncio de que Libéria está livre da transmissão do ebola, após completar o período de 42 dias sem nenhum caso, chega depois que em dezembro foi anunciado que Guiné tinha superado a doença e um mês antes Serra Leoa.

"Conter esta epidemia foi uma conquista, mas não podemos esquecer o terrível impacto do ebola nestes países", disse o diretor regional do Unicef para África Ocidental e Central, Manuel Fontaine.

"Muitas pessoas continuam sofrendo, especialmente as crianças cujas vidas ficaram ainda mais vulneráveis", acrescentou, através de um comunicado.

A maioria das crianças que ficou órfã pelo vírus letal foi amparada por parentes próximos, parentes ou outros membros de suas comunidades.

Além da fase de emergência, os menores necessitarão de apoio, através de ajudas econômicas, para comparecer à escola, obter roupa e alimentos, além de atenção familiar.

Desde que aconteceu o surto de ebola há dois anos, foram infectadas 28.637 pessoas, das quais 4.767 são crianças.

No total, 11.315 pessoas perderam a vida por causa da doença, que matou 3.508 crianças, o que significa uma de cada quatro mortes.

As 1.260 crianças que sobreviveram à doença nestes três países africanos enfrentam agora o desafio de serem aceitas outra vez em suas comunidades.

"O ebola foi uma experiência aterrorizadora para as crianças", disse Fontaine.

O Unicef trabalha nestes três países para reforçar os sistemas de proteção infantil, de modo que as autoridades possam proporcionar serviços de apoio psicosocial, reunificação familiar e cuidados alternativos, e uma rede de serviços para prevenir e responder perante abusos e violência contra as crianças.

A organização continuará com seus programas de controle e sensibilização, equipes de resposta rápida, mobilização social e seguirá fornecendo serviços básicos sanitários, nutricionais e de água e saneamento.

Só para manter o apoio de emergência às crianças afetadas pela epidemia na Guiné, Libéria e Serra Leoa, o Unicef necessita de US$ 15 milhões entre janeiro e março de 2016.

A epidemia causou o colapso dos serviços de saúde na Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa, que estavam mal preparados para uma emergência de tal magnitude.

Quando a epidemia começou e durante vários meses, a taxa de mortalidade se situou em 80%, mas quando a OMS começou a apoiá-los maciçamente e foram instalados gradualmente os centros de tratamento para ebola nos três países, esta taxa se reduziu para 60% ou menos.

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Nairóbi - Cerca de 23 mil crianças que perderam um ou ambos progenitores ou seus cuidadores por causa da epidemia de ebola que atingiu Guiné, Libéria e Serra Leoa durante quase dois anos continuam necessitando de apoio, advertiu nesta quinta-feira o Unicef.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância lembrou a situação na qual ficaram milhares de crianças órfãs no dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da epidemia na África Ocidental, onde 11,3 mil pessoas morreram.

O anúncio de que Libéria está livre da transmissão do ebola, após completar o período de 42 dias sem nenhum caso, chega depois que em dezembro foi anunciado que Guiné tinha superado a doença e um mês antes Serra Leoa.

"Conter esta epidemia foi uma conquista, mas não podemos esquecer o terrível impacto do ebola nestes países", disse o diretor regional do Unicef para África Ocidental e Central, Manuel Fontaine.

"Muitas pessoas continuam sofrendo, especialmente as crianças cujas vidas ficaram ainda mais vulneráveis", acrescentou, através de um comunicado.

A maioria das crianças que ficou órfã pelo vírus letal foi amparada por parentes próximos, parentes ou outros membros de suas comunidades.

Além da fase de emergência, os menores necessitarão de apoio, através de ajudas econômicas, para comparecer à escola, obter roupa e alimentos, além de atenção familiar.

Desde que aconteceu o surto de ebola há dois anos, foram infectadas 28.637 pessoas, das quais 4.767 são crianças.

No total, 11.315 pessoas perderam a vida por causa da doença, que matou 3.508 crianças, o que significa uma de cada quatro mortes.

As 1.260 crianças que sobreviveram à doença nestes três países africanos enfrentam agora o desafio de serem aceitas outra vez em suas comunidades.

"O ebola foi uma experiência aterrorizadora para as crianças", disse Fontaine.

O Unicef trabalha nestes três países para reforçar os sistemas de proteção infantil, de modo que as autoridades possam proporcionar serviços de apoio psicosocial, reunificação familiar e cuidados alternativos, e uma rede de serviços para prevenir e responder perante abusos e violência contra as crianças.

A organização continuará com seus programas de controle e sensibilização, equipes de resposta rápida, mobilização social e seguirá fornecendo serviços básicos sanitários, nutricionais e de água e saneamento.

Só para manter o apoio de emergência às crianças afetadas pela epidemia na Guiné, Libéria e Serra Leoa, o Unicef necessita de US$ 15 milhões entre janeiro e março de 2016.

A epidemia causou o colapso dos serviços de saúde na Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa, que estavam mal preparados para uma emergência de tal magnitude.

Quando a epidemia começou e durante vários meses, a taxa de mortalidade se situou em 80%, mas quando a OMS começou a apoiá-los maciçamente e foram instalados gradualmente os centros de tratamento para ebola nos três países, esta taxa se reduziu para 60% ou menos.

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