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UE vai incluir braço do Hezbollah na lista de terroristas

Ministros das Relações Exteriores da entidade chegaram a acordo para incluir ramificação do grupo libanês na sua lista de terroristas

Líder libanês do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, em videoconferência durante o Ramadã em Beirute: decisão da UE visa impedir que terroristas encontrem refúgio em território comunitário (Sharif Karim/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 09h05.

Bruxelas - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) chegaram nesta segunda-feira a um acordo para incluir o ramo militar do grupo libanês Hezbollah em sua lista de grupos terroristas, informaram fontes diplomáticas.

Os 28 adotaram a decisão como resposta ao atentado suicida cometido supostamente pelo Hezbollah que matou seis pessoas há um ano na Bulgária.

O acordo, por unanimidade, apoia considerar a milícia xiita um grupo terrorista, mas manter a cooperação com o governo do Líbano, o diálogo com todas suas forças políticas e a ajuda financeira ou humanitária, disseram fontes europeias.

O objetivo da UE com a decisão é impedir que terroristas encontrem refúgio em território comunitário sem contribuir para afetar a estabilidade do Líbano, indicaram as fontes.

A inclusão de uma organização na lista terrorista europeia representa a imposição de maiores medidas de controle e um bloqueio dos ativos econômicos do grupo, e se rege por estritos procedimentos legais para permitir defender o caso nos tribunais.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, lembrou a sua chegada ao conselho de ministros que a União deve refletir sobre a "fragilidade" existente no Líbano.


A proposta de considerar como um grupo terrorista o ramo armado do Hezbollah foi apresentada pelo Reino Unido e debatida em várias ocasiões pelos ministros comunitários, sem chegar, até agora, a unanimidade necessária para fechar um acordo.

O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, disse hoje que para o Reino Unido que o acordo "facilitaria trabalhar juntos e enfrentar as ameaças terroristas".

Para o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, a UE não pode "deixar que o ramo militar realize qualquer atividade terrorista" no território comunitário.

Por sua vez, o titular espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, rejeitou que a inclusão da milícia xiita na lista terrorista da UE possa ter consequências para as tropas espanholas enviadas ao Líbano.

"Entendo que é uma posição equilibrada e que não deve ter repercussões em nossas tropas, mas serão tomadas as precauções que o Ministério da Defesa considerar oportunas", disse em sua chegada ao Conselho.

García-Margallo também opinou que tal decisão não deve prejulgar o diálogo com todos os partidos que fazem parte do governo do Líbano, a ajuda humanitária ou as transferências financeiras para esse país, já que a UE deixaria fora da lista negra o "ramo político" do Hezbollah.

A UE tomou a decisão apesar de que as autoridades libanesas solicitaram na semana passada à União que não incluísse a milícia em sua lista de organizações terroristas, por considerar que o "Hezbollah constitui um componente fundamental da sociedade libanesa".

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Bruxelas - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) chegaram nesta segunda-feira a um acordo para incluir o ramo militar do grupo libanês Hezbollah em sua lista de grupos terroristas, informaram fontes diplomáticas.

Os 28 adotaram a decisão como resposta ao atentado suicida cometido supostamente pelo Hezbollah que matou seis pessoas há um ano na Bulgária.

O acordo, por unanimidade, apoia considerar a milícia xiita um grupo terrorista, mas manter a cooperação com o governo do Líbano, o diálogo com todas suas forças políticas e a ajuda financeira ou humanitária, disseram fontes europeias.

O objetivo da UE com a decisão é impedir que terroristas encontrem refúgio em território comunitário sem contribuir para afetar a estabilidade do Líbano, indicaram as fontes.

A inclusão de uma organização na lista terrorista europeia representa a imposição de maiores medidas de controle e um bloqueio dos ativos econômicos do grupo, e se rege por estritos procedimentos legais para permitir defender o caso nos tribunais.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, lembrou a sua chegada ao conselho de ministros que a União deve refletir sobre a "fragilidade" existente no Líbano.


A proposta de considerar como um grupo terrorista o ramo armado do Hezbollah foi apresentada pelo Reino Unido e debatida em várias ocasiões pelos ministros comunitários, sem chegar, até agora, a unanimidade necessária para fechar um acordo.

O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, disse hoje que para o Reino Unido que o acordo "facilitaria trabalhar juntos e enfrentar as ameaças terroristas".

Para o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, a UE não pode "deixar que o ramo militar realize qualquer atividade terrorista" no território comunitário.

Por sua vez, o titular espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, rejeitou que a inclusão da milícia xiita na lista terrorista da UE possa ter consequências para as tropas espanholas enviadas ao Líbano.

"Entendo que é uma posição equilibrada e que não deve ter repercussões em nossas tropas, mas serão tomadas as precauções que o Ministério da Defesa considerar oportunas", disse em sua chegada ao Conselho.

García-Margallo também opinou que tal decisão não deve prejulgar o diálogo com todos os partidos que fazem parte do governo do Líbano, a ajuda humanitária ou as transferências financeiras para esse país, já que a UE deixaria fora da lista negra o "ramo político" do Hezbollah.

A UE tomou a decisão apesar de que as autoridades libanesas solicitaram na semana passada à União que não incluísse a milícia em sua lista de organizações terroristas, por considerar que o "Hezbollah constitui um componente fundamental da sociedade libanesa".

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