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UE tem democracia seletiva e erra ao apoiar Holanda, diz Turquia

Governo turco suspendeu as relações diplomáticas depois que autoridades holandesas impediram ministros turcos de discursarem para expatriados

Tayyip Erdogan: presidente turco acusou o governo holandês de agir como "remanescente do nazismo" por barrar seus ministros (Murad Sezer/Reuters)

Tayyip Erdogan: presidente turco acusou o governo holandês de agir como "remanescente do nazismo" por barrar seus ministros (Murad Sezer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de março de 2017 às 08h43.

Ancara - O Ministério das Relações Exteriores da Turquia disse nesta terça-feira que a União Europeia está exercendo os valores democráticos seletivamente e não deveria estar apoiando a Holanda, que os turcos acusam de ter violado os direitos humanos e os valores europeus.

O governo turco suspendeu as relações diplomáticas de alto nível com a Holanda depois que autoridades holandesas impediram ministros turcos de discursarem em comícios para expatriados, ampliando uma crise entre os dois países.

Em um comunicado conjunto na segunda-feira, a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, e o comissário de ampliação do bloco, Johannes Hahn, pediram à Turquia que recue de "afirmações excessivas" para evitar aumentar ainda mais a disputa.

Em comunicado, a chancelaria turca afirmou: "Os parceiros da UE estão exercendo os valores democráticos e os direitos básicos e a liberdade seletivamente. É muito grave para a UE se esconder atrás da solidariedade a países membros e apoiar a Holanda, que claramente violou direitos humanos e valores europeus".

O presidente turco, Tayyip Erdogan, que busca o apoio de eleitores turcos para um referendo em 16 de abril no qual busca ampliar seus poderes como chefe de Estado, acusou o governo holandês de agir como "remanescente do nazismo" por barrar seus ministros.

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