Exame Logo

UE fracassa em acolher sírios, lamenta Anistia Iternacional

Organização observa também que apenas dez Estados-membros do bloco comunitário se ofereceram para acolher os sírios, contabilizando um total de 12 mil pessoas

Bandeira da União Europeia: UE considera que sua prioridade é proporcionar ajuda aos sírios deslocados internamente, cujo número alcança 6,5 milhões (REUTERS/Jon Nazca)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 11h10.

Londres - A União Europeia (UE) "fracassa miseravelmente" na hora de acolher os refugiados sírios, lamentou a Anistia Internacional em um documento divulgado nesta sexta-feira.

O secretário-geral da organização de direitos humanos, Salil Shetty, considerou que os líderes europeus deveriam "se envergonhar" pelo insignificante número de refugiados sírios que estão dispostos a abrigar em seus países.

No relatório intitulado "Um fracasso internacional: A crise dos refugiados da Síria", a AI ressalta que 55 mil refugiados da Síria conseguiram chegar em um país membro da UE e solicitar asilo, apesar de muitos terem que arriscar suas vidas.

A organização observa também que apenas dez Estados-membros do bloco comunitário se ofereceram para acolher os sírios, contabilizando um total de 12 mil pessoas.

Esses 12 mil representariam somente 0,5% dos 2,3 milhões de sírios que abandonaram seu país desde que eclodiu a violência entre as forças leais ao presidente Bashar al Assad e os rebeldes.

"A União Europeia fracassou miseravelmente na hora de desempenhar um papel em proporcionar um lugar seguro aos refugiados que perderam tudo menos suas vidas", afirmou Shetty.

Segundo a AI, a UE "deve abrir suas fronteiras, proporcionar um canal seguro e parar com essas deploráveis violações dos direitos humanos".


A Anistia também lamentou que o Reino Unido seja um dos países, como a Itália, que não se ofereceram para abrigar os refugiados.

O Executivo de David Cameron afirma que tem focado seus esforços de ajuda na região e que é um dos principais doadores para a crise síria.

A UE considera que sua prioridade é proporcionar ajuda aos sírios deslocados internamente, cujo número alcança 6,5 milhões.

A ONU estima que cerca de 2,3 milhões de sírios fugiram para países vizinhos desde março de 2011, a maioria deles viajaram para o Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque e cerca seis mil chegaram até a Bulgária, que solicitou assistência financeira a Bruxelas para atender a essa demanda por ajuda.

Em setembro, a Suécia se transformou no 1º país do bloco a oferecer residência permanente aos refugiados e nos últimos dois anos 14 mil sírios buscaram asilo no país.

De acordo com o documento da AI, a Alemanha abrigou mil pessoas e planeja admitir outras nove mil; a França ofereceu 500 abrigos comunitários e a Espanha, 30.

No caso do Reino Unido, o Executivo não tem planos de acolher ou proporcionar proteção temporária aos refugiados, mas vai considerar cada caso de solicitação de asilo de maneira individual.

Um porta-voz governamental disse hoje à "BBC" que é dada "toda a ajuda possível as pessoas na região".

A fonte ressaltou que o Reino Unido forneceu até o momento 593 milhões de euros em ajuda para a Síria.

Veja também

Londres - A União Europeia (UE) "fracassa miseravelmente" na hora de acolher os refugiados sírios, lamentou a Anistia Internacional em um documento divulgado nesta sexta-feira.

O secretário-geral da organização de direitos humanos, Salil Shetty, considerou que os líderes europeus deveriam "se envergonhar" pelo insignificante número de refugiados sírios que estão dispostos a abrigar em seus países.

No relatório intitulado "Um fracasso internacional: A crise dos refugiados da Síria", a AI ressalta que 55 mil refugiados da Síria conseguiram chegar em um país membro da UE e solicitar asilo, apesar de muitos terem que arriscar suas vidas.

A organização observa também que apenas dez Estados-membros do bloco comunitário se ofereceram para acolher os sírios, contabilizando um total de 12 mil pessoas.

Esses 12 mil representariam somente 0,5% dos 2,3 milhões de sírios que abandonaram seu país desde que eclodiu a violência entre as forças leais ao presidente Bashar al Assad e os rebeldes.

"A União Europeia fracassou miseravelmente na hora de desempenhar um papel em proporcionar um lugar seguro aos refugiados que perderam tudo menos suas vidas", afirmou Shetty.

Segundo a AI, a UE "deve abrir suas fronteiras, proporcionar um canal seguro e parar com essas deploráveis violações dos direitos humanos".


A Anistia também lamentou que o Reino Unido seja um dos países, como a Itália, que não se ofereceram para abrigar os refugiados.

O Executivo de David Cameron afirma que tem focado seus esforços de ajuda na região e que é um dos principais doadores para a crise síria.

A UE considera que sua prioridade é proporcionar ajuda aos sírios deslocados internamente, cujo número alcança 6,5 milhões.

A ONU estima que cerca de 2,3 milhões de sírios fugiram para países vizinhos desde março de 2011, a maioria deles viajaram para o Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque e cerca seis mil chegaram até a Bulgária, que solicitou assistência financeira a Bruxelas para atender a essa demanda por ajuda.

Em setembro, a Suécia se transformou no 1º país do bloco a oferecer residência permanente aos refugiados e nos últimos dois anos 14 mil sírios buscaram asilo no país.

De acordo com o documento da AI, a Alemanha abrigou mil pessoas e planeja admitir outras nove mil; a França ofereceu 500 abrigos comunitários e a Espanha, 30.

No caso do Reino Unido, o Executivo não tem planos de acolher ou proporcionar proteção temporária aos refugiados, mas vai considerar cada caso de solicitação de asilo de maneira individual.

Um porta-voz governamental disse hoje à "BBC" que é dada "toda a ajuda possível as pessoas na região".

A fonte ressaltou que o Reino Unido forneceu até o momento 593 milhões de euros em ajuda para a Síria.

Acompanhe tudo sobre:EuropaOriente MédioSíriaUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame