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UE dá passo para proibir venda de substâncias de explosivos

A organização terrorista ETA utilizou no passado a liberdade de movimento comunitário para adquirir em países como Portugal substâncias para a fabricação de explosivos


	Anders Behring Breivik: o extremista Anders Breivik, que cometeu dois atentados na Noruega em 2011, usou componentes químicos de alguns países da Europa para fazer bombas
 (Odd Andersen/AFP)

Anders Behring Breivik: o extremista Anders Breivik, que cometeu dois atentados na Noruega em 2011, usou componentes químicos de alguns países da Europa para fazer bombas (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 16h42.

Bruxelas - A comissão de Interior, Justiça e Liberdades Civis do Parlamento Europeu aprovou nesta segunda-feira por unanimidade (50 votos a favor) o acordo entre a Eurocâmara e o Conselho Europeu para restringir o acesso do público a substâncias que misturadas podem ser usadas na fabricação de bombas caseiras.

"Com a regulação, o acesso do público em geral a esses precursores de explosivos será dificultado enormemente, o que constitui um grande passo adiante na luta contra o terrorismo e o crime organizado", disse em comunicado o eurodeputado holandês Jan Mulder.

Os eurodeputados aprovaram a imposição de sanções aos países da União Europeia (UE) que não estabeleçam um sistema de licenças para compra e publicidade de produtos químicos que podem ser utilizados na fabricação de explosivos.

A organização terrorista ETA utilizou no passado a liberdade de movimento comunitário para adquirir em países como Portugal substâncias para a fabricação de explosivos.

O extremista Anders Breivik, que cometeu dois atentados na Noruega em 2011, também usou componentes químicos vendidos em alguns países da Europa para fabricar bombas.

Essas substâncias são principalmente o peróxido de hidrogênio, o nitrometano, o ácido nítrico e o nitrato de amônio, que não poderão a partir de agora ser vendidas para o grande público em determinadas quantidades sem uma licença prévia.

Cada país membro da UE determinará as normas para a concessão das licenças, segundo o acordo aprovado hoje, que agora só precisa do sinal verde do plenário do Parlamento Europeu em Estrasburgo, o que deverá ocorrem em outubro. 

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