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Ucrânia processará Rússia por apoio ao terrorismo

Ministro da Justiça ucraniano acrescentou que a Ucrânia já reuniu todas as provas que demonstrariam a culpabilidade da Rússia


	Ucrânia: o ministro lembrou que mais de 700 cidadãos ucranianos já se dirigiram ao Tribunal Europeu para processar a Rússia
 (Ministry of Defense/Facebook)

Ucrânia: o ministro lembrou que mais de 700 cidadãos ucranianos já se dirigiram ao Tribunal Europeu para processar a Rússia (Ministry of Defense/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 07h43.

Kiev - A Ucrânia tem quase tudo pronto para processar a Rússia na Corte Internacional de Justiça por seu apoio aos rebeldes pró-Rússia do leste do país, a quem Kiev classifica de terroristas, anunciou na noite de terça-feira o ministro da Justiça ucraniano, Pavel Petrenko.

"Este ano iniciaremos um grande processo judicial no tribunal internacional da ONU, em que a Ucrânia processará a Rússia por (descumprir) o convênio sobre o apoio ao terrorismo", disse Petrenko ao "Canal 5" da televisão ucraniana.

Ele acrescentou que a Ucrânia já reuniu todas as provas que demonstrariam a culpabilidade da Rússia e neste momento está concluindo a documentação.

Por outro lado, o ministro de justiça lembrou que mais de 700 cidadãos ucranianos particulares já se dirigiram ao Tribunal Europeu para processar a Rússia pela anexação da península da Crimeia e sua intervenção nas regiões rebeldes orientais de Donetsk e Lugansk.

"É possível que em 2016 haja algumas sentenças" em algumas destas reivindicações individuais, manifestou Petrenko.

Ucrânia e Rússia, unidos durante séculos em um mesmo Estado, passam pelo pior momento de suas relações após o triunfo, há dois anos, de uma revolução pró-ocidental em Kiev, a qual se seguiram a anexação da Crimeia pela Rússia e a sublevação pró-russa em Donetsk e Lugansk.

O governo ucraniano acusa seu vizinho de apoiar com armas, inclusive com soldados e mercenários, os rebeldes do leste, enquanto o Kremlin alega que as atuais autoridades de Kiev deram um golpe de Estado em fevereiro de 2014 para derrubar o então presidente Viktor Yanukovich.

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