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Ucrânia diz que Rússia segue mesmo pré-guerra da Geórgia

Presidente interino acusou a Rússia de agressão aberta e disse que russos estavam provocando o seu país assim como fizeram com a Geórgia

Soldados russos cercam aeroporto militar na região ucraniana da Crimeia nesta sexta-feira, em Kiev (Baz Ratner/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 20h47.

Kiev - O presidente interino da Ucrânia acusou a Rússia de agressão aberta nesta sexta-feira e disse que os russos estavam provocando o seu país da mesma forma que fizeram com a Geórgia antes de partir para a guerra em 2008.

Instando o presidente russo, Vladimir Putin, a parar com as "provocações" na Crimeia, região em que o russo é predominantemente falado, Oleksander Turchinov lembrou a intervenção da Rússia na Geórgia no conflito separatista da Abkházia e da Ossétia do Sul, que têm uma grande população de etnia russa.

A frota russa no Mar Negro tem uma base na cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia.

"A Rússia enviou tropas para a Crimeia... eles estão trabalhando em cenários que são totalmente análogos à Abkházia, quando, iniciado um conflito militar, começaram a anexar o território", disse Turchinov em comentários na televisão.

A guerra com a Geórgia durou cinco dias e a Rússia permanece no controle da Abkházia e da Ossétia do Sul, apesar de a Organização das Nações Unidas e a maioria dos países considerá-los ainda como parte da Geórgia.

"O Exército ucraniano vai cumprir com suas obrigações, mas não vai aceitar provocações", disse Turchinov, acrescentando que pensou que a situação seria logo resolvida.

"Pessoalmente, estou apelando ao presidente Putin, exigindo o fim da provocação e a retirada das tropas da República da Crimeia." As tensões aumentaram na península da Crimeia desde a queda do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, apoiado pela Rússia, após três meses de protestos na capital nacional, Kiev.

Homens armados tomaram dois aeroportos na região mais cedo nesta sexta-feira, e a principal empresa de telecomunicações do país disse que linhas de telefone e alguns serviços de Internet caíram após cabos de fibra óptica serem adulterados.

Algumas testemunhas relataram ter visto carros blindados russos e helicópteros, e pelo menos um navio de guerra russo em patrulha, embora Moscou tenha negado a mobilização de suas forças na Crimeia.

Um representante de Turchinov na Crimeia disse que 13 aeronaves russas haviam pousado na península do Mar Negro, cada uma com até 150 pessoas a bordo.

A identidade dos grupos armados que ocuparam o Parlamento regional na Crimeia e os dois aeroportos não era imediatamente conhecida. Autoridades ucranianas alegaram que esses homens eram comandados pelo Kremlin, o que Moscou nega.

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Instando o presidente russo, Vladimir Putin, a parar com as "provocações" na Crimeia, região em que o russo é predominantemente falado, Oleksander Turchinov lembrou a intervenção da Rússia na Geórgia no conflito separatista da Abkházia e da Ossétia do Sul, que têm uma grande população de etnia russa.

A frota russa no Mar Negro tem uma base na cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia.

"A Rússia enviou tropas para a Crimeia... eles estão trabalhando em cenários que são totalmente análogos à Abkházia, quando, iniciado um conflito militar, começaram a anexar o território", disse Turchinov em comentários na televisão.

A guerra com a Geórgia durou cinco dias e a Rússia permanece no controle da Abkházia e da Ossétia do Sul, apesar de a Organização das Nações Unidas e a maioria dos países considerá-los ainda como parte da Geórgia.

"O Exército ucraniano vai cumprir com suas obrigações, mas não vai aceitar provocações", disse Turchinov, acrescentando que pensou que a situação seria logo resolvida.

"Pessoalmente, estou apelando ao presidente Putin, exigindo o fim da provocação e a retirada das tropas da República da Crimeia." As tensões aumentaram na península da Crimeia desde a queda do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, apoiado pela Rússia, após três meses de protestos na capital nacional, Kiev.

Homens armados tomaram dois aeroportos na região mais cedo nesta sexta-feira, e a principal empresa de telecomunicações do país disse que linhas de telefone e alguns serviços de Internet caíram após cabos de fibra óptica serem adulterados.

Algumas testemunhas relataram ter visto carros blindados russos e helicópteros, e pelo menos um navio de guerra russo em patrulha, embora Moscou tenha negado a mobilização de suas forças na Crimeia.

Um representante de Turchinov na Crimeia disse que 13 aeronaves russas haviam pousado na península do Mar Negro, cada uma com até 150 pessoas a bordo.

A identidade dos grupos armados que ocuparam o Parlamento regional na Crimeia e os dois aeroportos não era imediatamente conhecida. Autoridades ucranianas alegaram que esses homens eram comandados pelo Kremlin, o que Moscou nega.

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