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Turquia nega que governo sírio esteja enviando tropas a Afrin

O porta-voz do governo da Turquia desmentiuque o regime sírio de Bashar al Assad esteja enviando tropas ou milicianos ao enclave curdo de Afrin

Turquia: o país exige que os Estados Unidos forcem a retirada das YPG de Manbij, uma cidade síria situada 100 quilômetros ao leste de Afrin (Murad Sezer/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 19h09.

Istambul - O porta-voz do governo da Turquia , Bekir Bozdag, desmentiu nesta segunda-feira que o regime sírio de Bashar al Assad esteja enviando tropas ou milicianos ao enclave curdo de Afrin, no extremo noroeste da Síria, para ajudar as milícias curdas contra o exército turco.

"Esta notícia saiu na agência oficial síria 'Sana', mas não foi confirmada pelas autoridades. Não reflete a realidade. Não tem relação com a realidade, e nossos serviços de segurança não detectaram nada", disse Bozdag em entrevista coletiva em Ancara transmitida ao vivo pela emissora "NTV".

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A Turquia está há um mês tentando expulsar de Afrin as milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), que dominam este enclave, mas até agora só conquistou 15% do território.

"Se o regime sírio tem alguma ideia de defender as YPG ou defender a causa deles, ou se der algum passo nesta direção, isso causaria uma catástrofe em toda a região e daria sinal verde à divisão da Síria", alertou Bozdag.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha advertido horas antes ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que uma intervenção do regime sírio em Afrin do lado das YPG teria "consequências".

Bozdag lembrou também que segue sobre a mesa a exigência turca de que os Estados Unidos forcem a retirada das YPG de Manbij, uma cidade síria situada 100 quilômetros ao leste de Afrin.

O exército turco assegura que desde o início da ofensiva "neutralizou" (matou, feriu ou capturou) 1.641 membros das YPG, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos cifra o total de combatentes curdo-sírios falecidos em 163, aos quais acrescentam pelo menos 77 civis.

Especialistas militares turcos estimam que entre 11.000 e 13.000 combatentes das YPG se encontram em Afrin.

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