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Suspeito de ataque em casamento tinha entre 12 e 14 anos

O jornal Hurriyet disse que estão sendo realizados testes de DNA para esclarecer a identidade, a nacionalidade e o sexo do autor do ataque na Turquia

Vítimas: mortos são menores de 18 anos, com uma proporção de 19 sobre as 44 vítimas fatais identificadas até agora (Osman Orsal/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 12h53.

Autoridades turcas juntavam as peças para tentar identificar nesta segunda-feira o menino suspeito de ser o autor do ataque suicida que deixou 54 mortos em um casamento em Gaziantep, um ato atribuído ao grupo Estado Islâmico ( EI ).

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan , disse que o autor do ataque de Gaziantep, perto da fronteira com a Síria, tinha entre "12 e 14 anos" e que os resultados preliminares da investigação mostram que foi lançado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O ministro das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, informou nesta segunda-feira que o EI deve desaparecer completamente da fronteira da Síria com a Turquia.

"Nossa fronteira deve ser completamente limpa do Daesh (acrônimo em árabe do EI)", disse Cavusoglu à imprensa. "Temos o direito natural de combater esta organização terrorista em nosso território e no exterior", acrescentou o ministro turco.

O balanço de mortos subiu a 54 vítimas fatais depois que três pessoas que estavam em estado grave morreram nas primeiras horas desta segunda-feira, informou a agência Dogan.

Os meios de comunicação locais informaram que a maioria dos mortos são menores de 18 anos, com uma proporção de 19 sobre as 44 vítimas fatais identificadas até agora. Um funcionário indicou que 22 vítimas tinham menos de 14 anos.

Dos feridos, 66 seguem hospitalizados e 14 estão em estado grave.

Não havia mais detalhes sobre a identidade do suposto autor, mas Erdogan disse que está tentando viajar a Gaziantep, apenas 600 quilômetros ao norte da fronteira com a Síria, uma zona onde muitos deslocados do conflito estão refugiados.

O jornal Hurriyet disse que estão sendo realizados testes de DNA para esclarecer a identidade, a nacionalidade e o sexo do autor do ataque.

Existe a possibilidade de que o autor tenha cruzado a fronteira a partir da Síria, mas o grupo EI tem células dentro da Turquia em Gaziantep e inclusive em Istambul, afirmou o colunista Abdulkadir Selvi, um jornalista com um grande número de fontes.

Selvi indicou que as forças de ordem acreditam que o ataque foi planejado como uma vingança contra os curdos pelas ofensivas realizadas pelas milícias curdas e pelas forças da oposição síria favorável ao governo de Ancara.

"Há uma luta contra o EI, mas ela tem um preço", escreveu.

Vítimas curdas

O co-presidente do partido pró-curdo HDP, Selahattin Demirtas, disse que "todos os mortos eram curdos".

Os noivos sobreviveram ao massacre e estão hospitalizados, mas seus ferimentos não são graves.

O sudeste e o leste da Turquia foram alvos na semana passada de três atentados que deixaram 14 mortos. O governo os atribuiu ao PKK curdo. A guerrilha curda, depois de uma calma relativa após o golpe de Estado frustrado de 15 de julho na Turquia, parece ter retomado uma intensa campanha de atentados contra as forças de segurança.

O jornal Hurriyet indicou que a bomba utilizada, repleta de fragmentos metálicos, é similar a outros aparatos usados em ataques contra os curdos atribuídos ao EI.

As 44 vítimas identificadas até agora foram enterradas no domingo em Gazinantep, em cerimônias muito emotivas nas quais os familiares abalados pela dor se lançavam em direção aos caixões, informou um correspondente da AFP.

O jornal Yeni Safak informou que uma mulher identificada como Emine Ayhan perdeu quatro de seus cinco filhos no ataque e seu marido foi ferido e está em cuidados intensivos.

São Paulo – Em 2014, o mundo perdeu 32.658 mil vidas em decorrência do terrorismo , um crescimento de 80% em relação ao que foi observado em 2013 e o maior nível já registrado. Mas embora o terrorismo esteja deixando o seu rastro de violência, no âmbito global, ele ainda mata 13 vezes menos que o homicídio . As constatações são do Global Terrorism Index 2015 (GTI), estudo anual do Instituto de Economia e Paz, organização que avalia os impactos econômicos da violência, divulgado nesta terça-feira, dias depois dos ataques do Estado Islâmico ( EI ) em Paris , França. A pesquisa revelou que é o EI, que atua principalmente na Síria e no Iraque, e o Boko Haram , cujas atividades concentram-se na Nigéria, os responsáveis por 51% dessas mortes. A maioria dos casos (78%) aconteceu em cinco países (Afeganistão, Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria). O GTI nota, contudo, que o terrorismo está se espalhado pelo mundo. Em 2013, atividades foram registradas em 59 países. Em 2014, esse número subiu para 67, incluindo Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá e França. A edição 2015 do estudo investigou os padrões de atividades terroristas em 162 países a partir do total de incidentes registrados em 2014, o número de mortes, o número de feridos e os danos patrimoniais decorrentes dos atos. Com base nisso, classificou os países de acordo com os impactos do terror. Quanto mais próxima de dez for a pontuação, mais afetado é o local. Confira nas imagens quais são os 25 mais impactados.
  • 2. Iraque

    2 /27(Getty Images)

  • Veja também

    Classificação geralPontuação
    10
  • 3. Afeganistão

    3 /27(REUTERS/Medecins Sans Frontieres/Handout)

  • Classificação geralPontuação
    9,233
  • 4. Nigéria

    4 /27(Afp.com / Pius Utomi Ekpei)

    Classificação geralPontuação
    9,213
  • 5. Paquistão

    5 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    9,065
  • 6. Síria

    6 /27(Bassam Khabieh / Reuters)

    Classificação geralPontuação
    8,108
  • 7. Índia

    7 /27(Reuters/STRINGER/INDIA)

    Classificação geralPontuação
    7,747
  • 8. Iêmen

    8 /27(REUTERS/Khaled Abdullah)

    Classificação geralPontuação
    7,642
  • 9. Somália

    9 /27(Omar Faruk/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,6
  • 10. Líbia

    10 /27(Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,29
  • 11. Tailândia

    11 /27(REUTERS/Athit Perawongmetha)

    Classificação geralPontuação
    10º7,729
  • 12. Filipinas

    12 /27(Erik De Castro/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    11º7,27
  • 13. Ucrânia

    13 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    12º7,2
  • 14. Egito

    14 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    13º6,813
  • 15. República Centro-Africana

    15 /27(Ivan Lieman/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    14º6,721
  • 16. Sudão do Sul

    16 /27(REUTERS/Goran Tomasevic)

    Classificação geralPontuação
    15º6,712
  • 17. Sudão

    17 /27(EBRAHIM HAMID/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    16º6,686
  • 18. Colômbia

    18 /27(Pedro Ugarte/AFP)

    Classificação geralPontuação
    17º6,662
  • 19. Quênia

    19 /27(Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    18º6,66
  • 20. República Democrática do Congo

    20 /27(Luc Gnago/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    19º6,487
  • 21. Camarões

    21 /27(Ali Kaya/AFP)

    Classificação geralPontuação
    20º6,466
  • 22. Líbano

    22 /27(Khalil Hassan/ Reuters)

    Classificação geralPontuação
    21º6,376
  • 23. China

    23 /27(Goh Chai Hin/AFP)

    Classificação geralPontuação
    22º6,294
  • 24. Rússia

    24 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    23º6,207
  • 25. Israel

    25 /27(REUTERS/Ammar Awad)

    Classificação geralPontuação
    24º6,034
  • 26. Bangladesh

    26 /27(REUTERS/Stringer)

    Classificação geralPontuação
    25º5,921
  • 27. Agora veja as homenagens às vítimas do ataque em Paris

    27 /27(Reuters)

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