Trump pede adiamento de sentença de caso criminal em Nova York para depois de eleições
Republicano enfrenta processo sobre pagamentos irregulares a uma ex-atriz pornô
Agência de Notícias
Publicado em 15 de agosto de 2024 às 17h03.
Última atualização em 15 de agosto de 2024 às 17h08.
Os advogados do ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump , pediram nesta quinta-feira que sua sentença no processo penal em Nova York por pagamentos irregulares a uma ex-atriz pornô seja adiada para depois das eleições de 5 de novembro.
“Deixando de lado os objetivos evidentes de interferência eleitoral, não há nenhuma razão válida de compensação para que o tribunal mantenha a data atual da sentença (18 de setembro) no calendário”, afirmou o advogado Todd Blanche em carta ao juiz Juan Merchan, divulgada pela emissora "CNN".
Blanche também destaca que a data da sentença é depois do início da votação antecipada para a eleição, acrescenta que não há motivo para “pressa” e pede que “a sentença, se necessário, seja adiada até depois da eleição presidencial”.
Em maio, um júri considerou Trump culpado de 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais relacionados a um pagamento para silenciar a ex-atriz Stormy Daniels — com quem ele supostamente teve um caso — para proteger sua candidatura presidencial de 2016, que ele venceu.
A defesa do ex-presidente tentou obstruir o processo com repetidas moções para afastar o juiz por supostos conflitos de interesse e anunciou que recorrerá da condenação por todos os 34 delitos, mas até agora só conseguiu adiar a sentença em cerca de dois meses.
A sentença de Trump estava originalmente agendada para julho, mas foi adiada para 18 de setembro após uma moção para que o juiz Merchan estudasse a decisão da Suprema Corte dos EUA que concedeu ao ex-presidente certa imunidade criminal, sobre a qual o magistrado ainda não se pronunciou.
Merchan disse que decidirá se anulará a condenação relacionada à decisão sobre a imunidade presidencial em 16 de setembro, dois dias antes da sentença, o que o advogado Blanche criticou hoje como um “período injustificadamente curto”.