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Trump não está preocupado com monitoramento de Bolsonaro por coronavírus

Mais cedo, o secretário Fábio Wajngarten, que participou da comitiva para os Estados Unidos, teve um teste positivo para coronavírus

Coronavírus: após o teste positivo de secretário, Bolsonaro é monitorado (Eva Marie Uzcategui/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de março de 2020 às 13h04.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 15h33.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta quinta-feira, 12, que "não está preocupado" que o secretário de comunicação do Brasil tenha sido testado para identificação do coronavírus . Fabio Wajngarten fez parte da comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro no jantar em Mar-a-Lago, no sul da Flórida, no sábado, 7. Wajngarten, que testou positivo para o vírus, tirou foto ao lado do presidente americano na ocasião. O governo Brasileiro comunicou o caso aos Estados Unidos.

Trump falava com jornalistas sobre a disseminação do vírus e as medidas anunciadas nesta quarta, 11, pelo governo americano quando foi questionado sobre a situação de Wajngarten.

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"Jantamos juntos em Mar-a-Lago, na Flórida, com a delegação inteira. Não sei se o assessor de imprensa estava lá. Se estava, estava. Mas não fizemos nada fora do usual. Sentamos perto por algum tempo, tivemos uma ótima conversa. Ele (Bolsonaro) está fazendo um excelente trabalho no Brasil e vamos descobrir o que vai acontecer. Acredito que estejam sendo testados agora", afirmou o presidente. "Deixa eu colocar desta forma: eu não estou preocupado", concluiu.

Os exames de Wajngarten foram realizados em São Paulo e a informação, antecipada pelo jornal O Estado de S.Paulo, foi confirmada pelo Palácio do Planalto no início da tarde desta quinta-feira. O presidente Jair Bolsonaro e integrantes da comitiva que o acompanhou a Miami, nos Estados Unidos, estão sendo monitorados desde a quarta-feira, após Wajngarten apresentar sintomas de gripe e ser submetido a um teste para o novo coronavírus.

Entre o final da tarde e o início da noite de quarta-feira, o grupo que participou da viagem passou a receber ligações do gabinete da Presidência pedindo que diante de qualquer sintoma fizesse o comunicado imediatamente e procurasse um hospital militar em Brasília para fazer os exames, segundo integrantes da comitiva que falaram com o Estado em caráter reservado. Bolsonaro completa 65 anos no dia 21.

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Nesta quinta-feira, 12, o presidente cancelou viagem ao Rio Grande do Norte. O ministro do desenvolvimento regional, Rogério Marinho, afirmou que o evento oficial foi cancelado por "razões de segurança sanitária". O governo federal negou que o cancelamento da agenda do presidente tenha a ver diretamente com a situação do chefe da Secom.

Participaram da comitiva aos Estados Unidos, entre sábado e terça-feira, os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia). Também viajaram os senadores Nelsinho Trad (PTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC); os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC), o assessor especial Filipe Martins, o presidente da Embratur, Gilson Machado, o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Jr, entre outros.

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