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Trump elimina de novo decreto migratório referência a cristãos

No antigo decreto, Trump proibia de maneira indefinida a entrada de refugiados sírios no país, mas estabelecia uma exceção para aqueles que fossem cristãos

Trump: grupos denunciaram o presidente de violar a Primeira Emenda da Constituição, que proíbe a criação de leis para fazer uma religião como oficial do país (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de março de 2017 às 15h41.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , eliminou de sua nova ordem executiva sobre refugiados e imigrantes qualquer referência aos cristãos , um grupo que tinha tentado proteger no decreto anterior, bloqueado pela Justiça.

No antigo decreto, assinado no dia 27 de janeiro, Trump proibia de maneira indefinida a entrada de refugiados sírios no país, mas estabelecia uma exceção para aqueles que fossem cristãos e pudessem provar que tinham sofrido perseguição por motivos religiosos.

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Esses sírios cristãos teriam prioridade na hora de entrar no território norte-americano, assim que o programa de admissão de refugiados voltasse a operar após uma suspensão de 120 dias.

Nenhuma das opções está na nova ordem executiva, que foi assinada hoje e entrará em vigor no primeiro minuto do dia 16 de março.

O primeiro decreto estabelecia que, assim que o programa de refugiados fosse retomado, o secretário de Estado, em consulta com o secretário de Segurança Nacional, faria as remodelações pertinentes permitia por lei para "dar prioridade às reivindicações de refugiados feitas por indivíduos por perseguição religiosa".

O texto especificava que o benefício só poderia ser concedido "sempre que a religião do indivíduo seja minoritária no país de sua nacionalidade, ou seja ela uma minoria cristã".

O trecho do decreto provocou fortes críticas a Trump, que, aparentemente fazendo referência aos crimes cometidos por grupos terroristas como o Estado Islâmico, disse no Twitter que "os cristãos no Oriente Médio foram executados em grandes quantidades. Não podemos permitir que esse horror continue!".

As declarações de Trump criaram controvérsia e fizeram com que grupos como o Conselho de Relações Islâmico-Americanas denunciassem o presidente de violar a Primeira Emenda da Constituição, que proíbe a criação de leis para fazer uma religião como oficial do país.

Esses grupos consideraram que Trump tinha cumprido sua promessa eleitoral de criar um "veto muçulmano" para evitar a entrada no território americano de membros dessa religião.

Com sua nova ordem, o governo de Trump quer deixar para trás toda a polêmica e evitar que grupos como o Conselho de Relações Islâmico-Americanas o acusem de discriminar diferentes grupos por motivos religiosos.

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