Trump e premiê japonês falam do futuro do mundo jogando golfe
Depois de se reunirem na Casa Branca, dupla viajou de Washington para a Flórida, para jogar uma partida no Club de Golfe Internacional Trump
AFP
Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 18h37.
Donald Trump e Shinzo Abe se reencontraram neste sábado para jogar golfe e conversar sobre a posição dos Estados Unidos na Ásia, uma questão sobre a qual o presidente americano mostrou uma virada radical nas últimas horas.
Depois de se reunirem na Casa Branca, os dois dirigentes viajaram juntos a bordo do Air Force One de Washington para a Flórida, para continuar conversando e jogar uma partida no Club de Golfe Internacional Trump de West Palm Beach.
O primeiro-ministro japonês, que reconheceu que a habilidade do presidente americano com os tacos é melhor que a sua, afirmou que a partida servirá para que "tenha mais tempo de falar com Donald sobre o futuro do mundo e o futuro da região".
Esta reunião esportiva tem um significado particular para Abe, já que há mais de meio século seu avó, Nobusuke Kishi, então primeiro-ministro, compartilhou sua paixão pelo golfe com o presidente americano da época, Dwight Eisenhower.
Nenhum governante passou tanto tempo com Trump como Abe desde que o magnata chegou ao poder.
Na primeira vez, se reuniram na Torre Trump de Nova York, dias depois da vitória presidencial. Na sexta, passaram o dia na CAsa Branca, viajaram e jantaram na Flórida.
A estratégia de Trump sobre a Ásia deu uma guinada radical nas 24 horas, depois de provocar mais uma polêmica com seus comentários inconvenientes durante a campanha eleitoral e as semanas de transição.
O chefe de Estado falou por telefone na noite de quinta-feira pela primeira vez com seu colega chinês, Xi Jinping, a quem prometeu respeitar "o princípio de uma única China" e proibir qualquer contato diplomático com Taiwan.
Há apenas algumas semanas, o presidente afirmou que todos os temas estavam sobre a mesa de discussão, incluindo o de uma única China, colocando em dúvida uma tradição política que prevaleceu nos Estados Unidos durante décadas.
Por outro lado, Trump assegurou na sexta-feira a Abe que a aliança entre seus países é a "pedra angular da paz e a estabilidade na região do Pacífico".