Trump é multado em US$ 355 milhões por fraude fiscal e banido de fazer negócios em NY
Ex-presidente foi julgado por inflar valor de seus negócios para obter vantagens
Repórter de macroeconomia
Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 18h41.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2024 às 18h44.
O ex-presidente Donald Trump foi condenado nesta sexta, 16, a pagar uma multa de 355 milhões de dólares por manipular o valor de suas propriedades para pagar menos impostos. Ele também ficará impedido de fazer negócios em Nova York por três anos.
A decisão foi dada pelo juiz Arthur Engoron, de Nova York. Trump terá 30 dias para pagar a multa ou obter uma liminar contra o pagamento. Ele pode apelar da sentença.
Segundo a Forbes, o patrimônio de Trump era de 2,6 bilhões de dólares em setembro de 2023.
Trump foi julgado por inflar o valor de suas propriedades em suas declarações de patrimônio, de modo a obter empréstimos e financiamentos de modo mais fácil. Pessoas e empresas com mais posses tendem a conseguir crédito em condições melhores.
A decisão também impede seus filhos de atuar no comando de qualquer empresa de Nova York por dois anos, e cada um terá de pagar uma multa de 4 milhões de dólares. Com isso, eles não poderão mais gerenciar os negócios da família.
Trump é alvo de mais de 90 acusações, incluindo quatro processos federais, por razões como tentar reverter o resultado das eleições de 2020, ter feitos pagamentos irregulares em troca de silêncio de uma atriz pornô e por ter desviado documentos secretos da Casa Branca.
Em janeiro, o republicano foi multado em 83 milhões de dólares em um caso de difamação contra a escrtiroa E. Jean Carroll. Em março, Trump será julgado em Nova York pelo caso de pagamento de suborno com recursos irregulares.
Além disso, o ex-presidente aguarda uma decisão da Suprema Corte para confirmar que ele pode ser candidato nas eleições presidenciais de 2020. Dois estados o barraram, sob alegação de que ele tentou realizar uma insurreição contra a Constituição ao buscar reverter o resultado eleitoral de 2020, e a Corte dará a palavra final sobre o caso.