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Trump é acusado pela Justiça de usar sua fundação para fins pessoais

O presidente enfrenta uma ação que exige sua dissolução e pede a restituição de 2,8 milhões de dólares e o pagamento de multas

A ação é fruto de uma investigação de dois anos e busca a dissolução da fundação (Jonathan Ernst/Reuters)
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EFE

Publicado em 14 de junho de 2018 às 12h26.

Última atualização em 14 de junho de 2018 às 13h09.

Nova York - As autoridades estaduais de Nova York processaram nesta quinta-feira a Fundação Trump, à qual acusam de várias irregularidades, entre elas uma suposta coordenação ilegal com a campanha eleitoral do agora presidente dos Estados Unidos, Donald Trump .

A ação é fruto de uma investigação de dois anos e busca a dissolução da fundação, assim como inabilitar Trump e alguns de seus filhos para dirigir em Nova York organizações sem fins lucrativos.

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"Segundo revela a nossa investigação, a Fundação Trump era pouco mais que um talão de cheques para pagamentos do senhor Trump e de seus negócios a organizações beneficentes, sem importar o seu fim ou sua legalidade", disse em comunicado a procuradora-geral do estado, Barbara D. Underwood.

A procuradoria vê na fundação um "padrão de conduta ilegal persistente", que teria se prolongado por mais de uma década e que inclui uma "ampla coordenação política ilegal" com a campanha presidencial de Trump.

Segundo a acusação, a organização arrecadou mais de US$ 2,8 milhões com o objetivo de influenciar nas eleições de 2016 e sob controle da direção do comitê de campanha do agora presidente.

Além disso, Underwood acusa Trump de ter utilizado sua fundação para pagar despesas judiciais, promover seus hotéis e outros negócios, e para adquirir artigos pessoais.

O processo, apresentado na Suprema Corte Estadual em Manhattan, busca a dissolução da fundação, a restituição de danos resultantes das irregularidades e afastar Trump da direção de organizações sem fins lucrativos durante um período de dez anos.

Além de Trump, também estão acusados como diretores da fundação seus filhos Donald Jr., Ivanka e Eric, para quem a procuradoria pede uma inabilitação de um ano nesse tipo de cargo.

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