Trump diz que sairão "muitas coisas positivas" da reunião com Putin
Trump disse que a cúpula com Putin em Helsinque incomodou seus inimigos que queriam ver uma "luta de boxe"
EFE
Publicado em 18 de julho de 2018 às 09h39.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , declarou nesta quarta-feira que "muitas coisas positivas sairão" da reunião realizada na segunda-feira passada com o mandatário russo, Vladimir Putin , em Helsinque, horas depois de se justificar sobre o que disse a respeito da suposta interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.
"Putin e eu discutimos muitos temas importantes na nossa reunião anterior. Estamos bem, o que realmente incomodou muitos inimigos que queriam ver uma luta de boxe. Grandes resultados virão", publicou no Twitter.
Depois da onda de críticas que recebeu por desautorizar as agências de espionagem dos EUA diante de Putin em entrevista coletiva, Trump voltou a abordar o assunto ao afirmar: "muita gente nos níveis mais altos de Inteligência gostou da minha postura na entrevista coletiva em Helsinque ".
"A reunião com a Rússia pode ser, com o tempo, um sucesso ainda maior" que a cúpula da Otan em Bruxelas, de dias antes, quando o republicano insistiu para que os demais membros da Aliança Atlântica aumentassem as suas contribuições.
"Se a reunião da Otan em Bruxelas foi um triunfo reconhecido, com os países-membros a cargo de bilhões de dólares a um ritmo mais rápido, a reunião com a Rússia pode ser, com o tempo, um sucesso ainda maior. Muitas coisas positivas sairão dessa reunião", disse.
O grande número de críticas à atitude de Trump com Putin na cúpula de segunda-feira, inclusive vindas de dentro do próprio Partido Republicano, pela complacência com a qual o presidente dos EUA tratou o líder russo, o obrigou a mudar o tom no dia seguinte.
"Eu me expressei mal. Quis dizer que não vejo razão pela qual a Rússia não estivesse por trás" da interferência no pleito de 2016, indicou Trump em declarações na Casa Branca.
Na entrevista coletiva conjunta com Putin, Trump colocou em dúvida as conclusões dos serviços de espionagem americanos que apontam que o Kremlin interferiu nas eleições presidenciais americanas de 2016 para beneficiá-lo e prejudicar a rival democrata, Hillary Clinton.