Trump diz estar pronto para enfrentar processo de impeachment no Senado
A Câmara marcou votação das acusações por abuso de poder e obstrução ao Congresso apresentadas contra o presidente norte-americano
EFE
Publicado em 13 de dezembro de 2019 às 16h49.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta sexta-feira que está pronto para enfrentar o pedido impeachment que deve ser aprovado pela oposição democrata na Câmara de Representantes.
"Eu não fiz nada de errado, não importa se seja longo ou curto", respondeu Trump a um jornalista que o questionou se preferia um processo de impeachment mais rápido ou mais lento no Senado.
Ontem, o Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes marcou para a próxima quarta-feira a votação em plenário das acusações por abuso de poder e obstrução ao Congresso apresentadas contra Trump.
Controlada pelos democratas, a Câmara dos Representantes deve aprovar as acusações. O processo, então, vai para o Senado, onde tem poucas chances de prosperar devido à maioria republicana na casa.
O presidente americano voltou a atacar os democratas, disse que eles estão se prestando a um papel ridículo por tentar tirá-lo do poder antes das eleições de 2020.
"Toda essa coisa de impeachment é uma farsa, uma fraude. Esses democratas estão fazendo papel de ridículo", disse ele.
Trump falou com os jornalistas na Casa Branca antes de se reunir com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que faz visita oficial aos Estados Unidos.
"É um erro usar isso (o impeachment) para uma ligação telefônica perfeita. Eles estão banalizando o impeachment", continuou Trump.
Os democratas acusam Trump de usar o poder do cargo que exerce para pressionar o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski, a investigar o ex-vice-presidente americano Joe Biden, um potencial adversário do republicano nas eleições de 2020.
Apesar de dizer que o processo é um episódio triste para o país, Trump afirmou que as ações dos democratas estão sendo "muito boas" para ele. O impeachment, segundo o presidente, o alavancou nas pesquisas para as eleições presidenciais de novembro do próximo ano.