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Trump denuncia o "ódio nos EUA" após tiroteio na sinagoga

Tiroteio em sinagoga nos EUA deixou pelo menos quatro mortos neste sábado (27)

Donald Trump: "É uma coisa terrível e terrível o que está acontecendo com o ódio em nosso país", disse (Leah Millis/Reuters)
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AFP

Publicado em 27 de outubro de 2018 às 14h21.

Última atualização em 27 de outubro de 2018 às 16h41.

O presidente Donald Trump criticou neste sábado (27) o que chamou de "ódio" nos Estados Unidos depois que um atirador abriu fogo em uma sinagoga em Pittsburgh, matando e ferindo várias pessoas antes de ser detido.

"É uma coisa terrível e terrível o que está acontecendo com o ódio em nosso país, francamente, e em todo o mundo", disse Trump a repórteres antes de partir para uma série de eventos de campanha em Indiana e Illinois.

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"Algo tem que ser feito", disse, ainda, o presidente.

Enquanto a imprensa local estimava que o número de mortos no ataque poderia chegar a oito, o presidente afirmou que o balanço parecia muito mais devastador do que se pensou originalmente.

Mais tarde, em Indianápolis, Trump assegurou que "muitas pessoas foram mortas" no que "definitivamente parece um crime antissemita".

"O mundo é um mundo violento", acrescentou, referindo-se ao suspeito como "um louco, um desajustado".

O chefe de Estado afirmou estar considerando cancelar seus comícios eleitorais devido ao ocorrido.

Quando perguntado se era a hora de revistar a legislação indulgente de armas do país, o presidente sugeriu, ao contrário, que o número de vítimas poderia ter sido menor se seguranças armados estivessem na sinagoga.

"Se tivessem proteção dentro do templo, talvez poderia ter sido uma situação muito diferente", especulou.

No entanto, Trump defendeu uma justiça mais ágil e sentenças mais severas, inclusive invocando um uso mais amplo da pena capital.

"Qualquer um que faça algo assim com pessoas inocentes em um templo, em uma igreja... Realmente deveria sofrer este castigo final", concluiu.

Nos últimos dez anos, foram registrados nos Estados Unidos tiroteios maciços em uma igreja no Texas (26 mortos), em uma igreja frequentada majoritariamente pela comunidade negra na Carolina do Sul (nove mortos), em dois centros judaicos em Kansas City (três mortos), em um templo sikh no Wisconsin (seis mortos) e em uma igreja Unitária no Tennessee (dois mortos).

Quando perguntado se todas as igrejas e sinagogas deveriam ter seguranças armados, Trump respondeu: "Odeio pensar desta forma".

Mas, acrescentou: "certamente, a gente quer proteção. Não tinham nenhuma proteção... Os resultados poderiam ter sido muito melhores".

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