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Trump defende "patriotas" da Associação do Rifle em debate

Trump desenvolveu uma relação com a NRA durante a campanha de 2016, e no ano passado, já no poder, prometeu a esse grupo que teria "um amigo na Casa Branca"

Donald Trump: "O que muita gente não entende, ou não quer entender, é que Wayne, Chris e as pessoas que trabalham tão duro na @NRA são Grandes Pessoas e Grandes Patriotas Americanos", tuitou em referência ao presidente da NRA, Wayne LaPierre, e o estrategista-chefe dessa organização, Chris Cox (Kevin Lamarque/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 14h41.

Washington - O presidente americano , Donald Trump , defendeu nesta quinta-feira os líderes da Associação Nacional do Rifle (NRA), um poderoso grupo de pressão que se opõe à grande maioria das tentativas de controlar as armas nos EUA e que proporcionou mais de US$ 30 milhões à sua campanha eleitoral.

"O que muita gente não entende, ou não quer entender, é que Wayne, Chris e as pessoas que trabalham tão duro na @NRA são Grandes Pessoas e Grandes Patriotas Americanos", tuitou Trump em referência ao presidente da NRA, Wayne LaPierre, e o estrategista-chefe dessa organização, Chris Cox.

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"Amam o nosso país e farão o correto. FAÇAMOS os ESTADOS UNIDOS GRANDE DE NOVO!", acrescentou Trump.

Essa demonstração inequívoca de apoio de Trump à NRA ocorre em meio a um novo debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos, que ganhou força por causa do tiroteio da semana passada em uma escola de Parkland ( Flórida ), que deixou 17 mortos.

Trump desenvolveu uma estreita relação com a NRA durante a campanha eleitoral de 2016, e em abril do ano passado, já no poder, prometeu a esse grupo que teria "um amigo na Casa Branca".

O presidente evitou mencionar o controle de armas depois dos tiroteios que ocorreram em seu primeiro ano de mandato, mas mudou ligeiramente o roteiro após o ocorrido na Flórida.

Na última semana, Trump se mostrou aberto a reforçar a base de dados federais de antecedentes criminais para potenciais compradores de armas, e ordenou ao seu Governo proibir os dispositivos que permitem transformar os fuzis semi-automáticos em armas automáticas que disparem mais rápido.

Também propôs aumentar para 21 anos a idade mínima para comprar um fuzil ou uma semiautomática nos Estados Unidos, e sugeriu que alguns professores possam ir armados nas escolas para combater à "gente malvada" como o autor do tiroteio na Flórida.

Mas essas propostas não significam uma ruptura com a NRA, que apoiou certas medidas muito limitadas para melhorar os sistemas atuais de controle de armas.

O tweet de Trump coincidiu com o discurso de LaPierre, o presidente da NRA, na Conferência anual de Ação Política Conservadora (CPAC), o grande evento do ano para os conservadores americanos.

Em seu discurso, LaPierre acusou os setores progressistas do país de politizar a tragédia na Flórida e de querer acabar com as armas "para erradicar todas as liberdades americanas".

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