Trump culpa democratas por separação de famílias na fronteira
No Twitter, o presidente americano criticou as leis de Segurança Fronteiriça e disse que não consegue fazer um acordo com os democratas sobre alterações
EFE
Publicado em 5 de junho de 2018 às 12h10.
Última atualização em 5 de junho de 2018 às 12h14.
Washington - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, garantiu nesta terça-feira que a separação de famílias de imigrantes detidos após atravessarem a fronteira "é uma falha causada pela péssima legislação aprovada pelos democratas".
"Separar famílias na fronteira é uma falha da péssima legislação aprovada pelos democratas. As leis de Segurança Fronteiriça devem ser modificadas, mas os democratas não conseguem chegar a um acordo! Começamos o Muro", escreveu Trump no Twitter.
No fim de semana, o presidente já tinha qualificado como "horrível" a legislação, apesar de seu governo ter apoiado essa política.
Trump se manifestou dessa maneira sobre o crescente número de crianças e pais que são separados na fronteira com o México por causa da entrada em vigor da política de "tolerância zero", impulsionada em maio pelo procurador-geral Jeff Sessions, para conter o fluxo migratório.
O Departamento de Justiça anunciou em 6 de maio que apresentará acusações penais contra todos os estrangeiros que forem surpreendidos cruzando a fronteira irregularmente, um esforço que pretende conter a imigração clandestina.
A medida conhecida como "tolerância zero" envia os pais para um centro de custódia penal e as crianças para abrigos financiados com recursos federais supervisionados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
Até agora, os únicos dados apresentados sobre esta questão revelam que, entre os dias 6 e 19 de maio, um total de "658 crianças e de 638 adultos" foram separados na fronteira sul do país com o México, assim como explicou na semana passada o subdiretor do programa de operações do Escritório de Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP, na sigla em inglês), Richard Hudson.
Trump criticou de maneira reiterada as leis migratórias americanas como "as piores do mundo" e defendeu a necessidade de fortalecer a segurança fronteiriça, com seu polêmico projeto de construção de um muro com o México.