Mundo

Trump critica insinua fim de auxílio à Palestina

O presidente americano decidiu pela transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém no final do ano passado

Donald Trump: presidente americano criticou a Autoridade Nacional da Palestina (Ronen Zvulun/Reuters)

Donald Trump: presidente americano criticou a Autoridade Nacional da Palestina (Ronen Zvulun/Reuters)

E

EFE

Publicado em 2 de janeiro de 2018 às 22h17.

Washington .- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta terça-feira a Autoridade Nacional da Palestina (ANP) por sua recusa em participar do processo de paz no Oriente Médio em resposta à decisão do governo americano de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, e insinuou que poderia deixar de apoiar os palestinos economicamente.

"Se os palestinos não querem seguir falando sobre a paz, por que deveríamos continuar realizando estes enormes pagamentos no futuro?", questionou Trump através de uma mensagem no Twitter.

Essas declarações foram feitas horas depois que o presidente utilizou seu primeiro tweet do ano para investir de forma similar contra o Paquistão por suas "mentiras e enganações", o que fez com que a Casa Branca não concedesse ao país asiático os US$ 255 milhões em ajuda militar que estão retidos desde agosto.

"Não é só ao Paquistão que pagamos bilhões de dólares para nada, mas há muitos outros países (...). Por exemplo, pagamos aos palestinos CENTENAS DE MILHÕES DE DÓLARES por ano e não obtemos apreço, nem respeito", se queixou Trump.

Além disso, o governante lamentou a postura da Palestina agora que "a parte mais difícil da negociação", a questão do reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado israelense, "está fora da mesa" de negociações.

Trump anunciou esse reconhecimento no dia 6 de dezembro e a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, o que gerou a rejeição dos palestinos e um aumento da tensão com Washington.

O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, vem reiterando desde então que, com essa declaração, os EUA tomaram uma posição no conflito, e por isso considera que os mesmos não estão credenciados para mediar o processo de paz, e preferiu congelar os contatos com representantes americanos para este fim.

As autoridades palestinas também anunciaram medidas para buscar seu reconhecimento como Estado na esfera internacional, nas fronteiras anteriores a 1967, e solicitaram adesão a 22 tratados e acordos internacionais.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpJerusalémPalestina

Mais de Mundo

Trump retoma campanha contra um Biden enfraquecido

Programa espacial soviético colecionou pioneirismos e heróis e foi abalado por disputas internas

Há comida nos mercados, mas ninguém tem dinheiro para comprar, diz candidata barrada na Venezuela

Companhias aéreas retomam gradualmente os serviços após apagão cibernético

Mais na Exame