Trump confirma general James Mattis como secretário de Defesa
General que vai chefiar o Pentágono era chefe de operações no Oriente Médio e é conhecido como "Cachorro Louco" por ser militar de mão pesada
EFE
Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 06h53.
Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 06h54.
Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , confirmou nesta quinta-feira a nomeação, vazada horas antes pelos veículos de imprensa, do general reformado James Mattis, ex-chefe de operações no Oriente Médio, como novo secretário de Defesa.
Mattis, apelidado de "Cachorro Louco", é considerado um militar de mão pesada, foi um dos primeiros chegar no Afeganistão após os atentados de 11 de setembro de 2001 em Washington, Nova York e Pensilvânia, e esteve no comando de uma das divisões que invadiram o Iraque em 2003.
"Vamos nomear o 'Cachorro Louco' Mattis como nosso secretário de Defesa, mas não o anunciaremos até segunda-feira, portanto, não falem para ninguém. O 'Cachorro Louco', é genial, ele é genial", disse Trump em seu primeiro comício após a vitória eleitoral do dia 8 de novembro.
Durante o mandato do presidente Barack Obama, James Mattis se transformou no chefe do Comando Central, responsável pelas operações no Oriente Médio, em substituição ao general David Petraeus, nomeado chefe da Agência Central de Inteligência (CIA).
Mattis, no entanto, deixou o posto em 2013, meses antes do que estava previsto, por isso foi especulado que ele foi forçado a se retirar por problemas com a administração de Obama.
No entanto, Mattis é considerado como um militar ortodoxo, disciplinado e menos radical e político que o escolhido por Donald Trump como Assessor de Segurança Nacional, o também general reformado Michael Flynn.
Ambos são necessários para compreender e aconselhar Donald Trump sobre os assuntos de segurança nacional mais urgentes que herdará de Barack Obama, como o conflito sírio ou a influência do Estado Islâmico (EI) nessa guerra civil, no Iraque e no norte da África.
Além disso, Mattis terá um papel vital nas relações com o Irã, após ter feito oposição abertamente ao acordo dos EUA e os outros membros do Conselho de Segurança da ONU para limitar o programa nuclear de Teerã, em troca do relaxamento das sanções econômicas.