Trump ataca inteligência dos EUA após informações sobre Rússia
O presidente classificou as informações como ilegais e, rejeitou relatos de contatos entre membros de sua campanha e oficiais russos de inteligência
Reuters
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 14h23.
Washington - O presidente dos EUA, Donald Trump , atacou nesta quarta-feira as agências de inteligência norte-americanas pelo que chamou de vazamentos ilegais de informações, e rejeitou relatos de contatos entre membros de sua campanha presidencial e oficiais russos de inteligência.
Trump entrou na contraofensiva à medida que seu governo foi sacudido pela saída abrupta de Michael Flynn como assessor de segurança nacional na segunda-feira.
O jornal New York Times informou na terça-feira que os registros de telefonemas e chamadas interceptadas mostram que membros da campanha presidencial de Trump e outros associados de Trump tiveram contatos repetidos com altos oficiais de inteligência russos nos 12 meses anteriores às eleições de 8 de novembro.
Trump repudiou a reportagem e disparou uma série de tuítes na manhã desta quarta-feira.
"Essa conexão russa sem sentido é meramente uma tentativa de encobrir os muitos erros cometidos na campanha perdedora de Hillary Clinton", tuitou o presidente republicano, citando sua ex-rival democrata na disputa presidencial de 2016.
Em outro tuíte, Trump disse: "A informação está sendo ilegalmente dada aos deficientes @nytimes & @washingtonpost pela comunidade de inteligência (NSA e FBI?). Como a Russia", acrescentando que a situação era "muito grave".
"O verdadeiro escândalo aqui é que a informação confidencial é dada ilegalmente pela 'inteligência' como doces. Muito anti-americano!" Trump escreveu.
Ele não deu provas para apoiar sua acusação de que os serviços de inteligência estavam fornecendo informações aos meios de comunicação. Ele não disse se tinha ordenado qualquer investigação sobre vazamentos.
A Reuters não pôde confirmar imediatamente a reportagem doNew York Times, que o Kremlin rejeitou na quarta-feira.
A CNN também noticiou que os conselheiros de Trump estavam em constante contato com funcionários russos durante a campanha.