Trump apresentará plano de paz para Israel e palestinos nesta 3ª feira
Presidente dos Estados Unidos recebeu nesta segunda-feira (27) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
EFE
Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 16h25.
Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , anunciou nesta segunda-feira que vai apresentar amanhã seu plano de paz para o Oriente Médio e espera receber apoio dos palestinos, apesar da forte desconfiança que têm em relação ao governo americano.
"Amanhã às 12h (14h de Brasília), vamos anunciar o plano, e é um plano muito grande, será uma sugestão para Israel e os palestinos", disse Trump ao receber o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no Salão Oval da Casa Branca.
"É o mais próximo que já estivemos, e vamos ver o que vai acontecer. Temos o apoio do primeiro-ministro, temos o apoio das outras partes, e pensamos que no final teremos o apoio dos palestinos, mas vamos ver", acrescentou.
Trump acredita que os palestinos "vão acabar negociando" com os Estados Unidos e reiterou que o plano é algo que eles "deveriam querer, porque é muito bom para eles", ou até "bom demais para eles".
De acordo com a mídia palestina local, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, não respondeu hoje a um telefonema de Trump, que supostamente tem tentado entrar em contato com ele desde a semana passada para discutir o conteúdo do plano.
Trump pretendia informar detalhes do projeto nesta segunda primeiro a Netanyahu e, em uma reunião posterior, com Benny Gantz, principal rival político do premiê israelense interino.
Por sua vez, o primeiro-ministro da ANP, Mohamed Shtayeh, disse hoje que o projeto de Trump "não é um plano para a paz no Oriente Médio, mas para proteger seus promotores" em Israel.
A Casa Branca adiou várias vezes nos últimos dois anos a apresentação do plano, concebido pelo genro e conselheiro de Trump, Jared Kushner, e as incertezas políticas em Israel influenciaram os cálculos do presidente dos EUA sobre se e quando deveria ser divulgado.
A previsível divulgação de algum do conteúdo do chamado "Acordo do Século" coincide com a campanha eleitoral em Israel, que irá às urnas em 2 de março. A iniciativa, segundo a mídia do país, poderia abrir caminho para a anexação israelense de parte da Cisjordânia ocupada.