Trump alerta que militares na Venezuela perderão tudo se apoiarem Maduro
O presidente fará um pronunciamento nesta segunda, no qual alertará os militares sobre ouvir Juan Guaidó e permitir a entrada da ajuda humanitária
EFE
Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 15h08.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2019 às 15h13.
Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , fará um alerta nesta segunda-feira aos militares venezuelanos sobre perderem "tudo o que têm" se não romperem com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , e argumentará que a queda desse líder ajudará "a promover a democracia na Nicarágua e em Cuba".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, antecipou alguns pontos do discurso que Trump dará às 16h local (18h, em Brasília) na Universidade Internacional da Flórida, nos arredores de Miami.
Trump assegurará que "o caminho atual para a democracia é irreversível" e que "os militares venezuelanos têm uma decisão clara a tomar: trabalhar ao lado da democracia pelo futuro de suas famílias, ou se não, perderão tudo o que têm", indicou Sarah em comunicado.
O líder alertará que os EUA "sabem onde está escondido o dinheiro, no mundo todo, dos militares (venezuelanos) e de suas famílias", por isso que estes "deveriam escutar o presidente (Juan) Guaidó e permitir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela", acrescentou.
Trump reconheceu há quase um mês como presidente legítimo da Venezuela o líder opositor Juan Guaidó e aproveitará o discurso para reafirmar esse apoio, cinco dias antes da data programada pela oposição para o ingresso no país caribenho da ajuda humanitária disposta pelos EUA na fronteira com a Colômbia.
Além disso, Trump afirmará que "a Venezuela não deveria ser um Estado marionete de Cuba", de acordo com Sarah.
"A transição pacífica bem-sucedida à democracia na Venezuela ajudará a promover a democracia na Nicarágua e em Cuba. Criamos uma via para o primeiro hemisfério completamente democrático na história humana", explicou a porta-voz ao antecipar as ideias principais do discurso.
O assessor de segurança nacional de Trump, John Bolton, descreveu em novembro como uma "troika da tirania" o suposto eixo formado pelos Governos de Venezuela, Cuba e Nicarágua, e prometeu que esse "triângulo de terror" iria "desmoronar".