Trump: o procurador que investiga o caso ameaçou a equipe de Trump caso o presidente se negasse a colaborar com as investigações (REUTERS/Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de maio de 2018 às 15h11.
Washington - O presidente americano, Donald Trump, garantiu nesta quarta-feira que "em algum momento" não terá "outra opção" a não ser se envolver na investigação sobre a suposta trama russa, que qualificou de maneira repetida como uma "fraude".
A Rigged System - They don’t want to turn over Documents to Congress. What are they afraid of? Why so much redacting? Why such unequal “justice?” At some point I will have no choice but to use the powers granted to the Presidency and get involved!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 2, 2018
"Em algum momento não terei outra opção do que usar os poderes outorgados à Presidência e me envolver", afirmou Trump em mensagem na sua rede social favorita, Twitter.
Trump insistiu que trata-se de "um sistema combinado" e rejeitou que tenha ocorrido conspiração ou obstrução à justiça, algo que considerou uma "armadilha", respectivamente.
Vários legisladores republicanos criticaram que o Departamento de Justiça, e especialmente seu número dois, Rod Rosenstein, tenha evitado entregar documentos ao Congresso nos quais, supostamente, está demonstrado que alguns funcionários se expressaram parcialidade contra Trump.
Segundo publicou ontem à noite o jornal "The Washington Post", o procurador especial americano que investiga a chamada trama russa, Robert Mueller, ameaçou a equipe legal de Trump com uma citação se o presidente se negasse a colaborar e ser interrogado.
Mueller fez esta advertência durante uma reunião em 5 de março, segundo revelaram ao jornal sob condição de anonimato quatro pessoas com conhecimento do encontro.
Além disso, nesta segunda-feira o "The New York Times" tornou público um questionário com 50 perguntas que Mueller entregou aos advogados de Trump em março para o eventual interrogatório.
As questões abrangiam um leque de assuntos que o procurador especial tocou em sua investigação, que neste mês de maio completa um ano, embora mostrava especial interesse nas decisões de Trump que poderiam incorrer em obstrução à justiça.
Além disso, uma dezena de perguntas indagavam sobre os possíveis nexos de Trump e seu entorno com a Rússia durante a campanha eleitoral presidencial de 2016.
Apesar disso, Trump tuitou na terça-feira que nenhuma das perguntas filtradas trata sobre o suposto "complô" entre sua campanha eleitoral e a Rússia.