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Triplo atentado do EI deixa 44 mortos e 37 feridos na Líbia

A facção líbia do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado realizado, segundo ela, por dois suicidas.

Xiitas com bandeira do Estado Islâmico: cerca de 200 mil pessoas já morreram no conflito sírio (Stringer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2015 às 21h23.

Pelo menos 44 pessoas morreram, e 37 ficaram feridas na sexta-feira, em um triplo atentado na cidade líbia de Al Qoba, 30 km de Derna (leste), reduto de jihadistas - de acordo com o último balanço divulgado neste sábado pelo Ministério da Saúde.

O Ministério líbio da Saúde explicou que "quatro vítimas não resistiram aos ferimentos e faleceram neste sábado, elevando o balanço para 44 mortos e 37 feridos". Ainda segundo a nota divulgada, sete pessoas estão desaparecidas.

A facção líbia do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado realizado, segundo ela, por dois suicidas.

Em um breve comunicado, o grupo anunciou "ter vingado o sangue dos muçulmanos em Derna", reduto de islamitas radicais que foi alvo esta semana de ataques aéreos egípcios.

O boletim anterior dava conta de 40 mortos e 41 feridos nos três atentados simultâneos contra uma delegacia local, um posto de gasolina e a casa do presidente do Parlamento líbio, Aguila Salah Issa.

A cidade de Al Qoba é controlada pelas forças leais ao general Khalifa Haftar e ao Parlamento reconhecido pela comunidade internacional.

Vários socorristas indicaram que a maioria das vítimas estava no posto de gasolina, onde dezenas de veículos faziam fila devido à falta de combustível na cidade. Eles acrescentaram que o presidente do Parlamento, com sede em Tobruk, mais a leste, não estava em casa no momento do ataque.

A Líbia está mergulhada no caos desde a queda, em 2011, de Muammar Kadhafi, enquanto as novas autoridades líbias não conseguem controlar as dezenas de milícias formadas por antigos rebeldes. Esses grupos impõem sua lei diante de um Exército e de uma Polícia debilitados.

Esses novos ataques em território líbio dão testemunho do avanço dos jihadistas no país, no momento em que a comunidade internacional analisa meios de ajudar as forças locais.

Aproveitando-se do caos, o EI encontrou na Líbia terreno fértil para suas ações. Em algumas semanas, lançou uma série de ataques e abusos, incluindo a decapitação de 21 cristãos e um atentado contra um hotel na capital.

A execução dos cristãos coptas levou o Egito a realizar ataques aéreos contra posições dos extremistas. Essa ação foi coordenada com as forças do general Khalifa Haftar.

Em seu comunicado, o EI afirma ter visado nesta sexta-feira a uma "célula operacional" do general Haftar, cujas forças controlam Al Qoba, e que lançou em maio de 2014 uma ofensiva contra os "grupos terroristas" no leste do país.

Desde então, suas forças travam uma verdadeira guerra contra os grupos islamitas e jihadistas na região e disputam o poder com o governo paralelo formado pela milícia "Fajr Libya", que tomou o controle de Trípoli no último verão.

Desde a queda, em outubro de 2011, do regime de Kadhafi, após oito meses de revolta popular, os atentados se multiplicaram na Líbia, mas quase nunca eram reivindicados. Esses ataques visavam particularmente a instalações militares, ou policiais, mas raramente a população civil, como aconteceu em Al Qoba.

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Pelo menos 44 pessoas morreram, e 37 ficaram feridas na sexta-feira, em um triplo atentado na cidade líbia de Al Qoba, 30 km de Derna (leste), reduto de jihadistas - de acordo com o último balanço divulgado neste sábado pelo Ministério da Saúde.

O Ministério líbio da Saúde explicou que "quatro vítimas não resistiram aos ferimentos e faleceram neste sábado, elevando o balanço para 44 mortos e 37 feridos". Ainda segundo a nota divulgada, sete pessoas estão desaparecidas.

A facção líbia do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado realizado, segundo ela, por dois suicidas.

Em um breve comunicado, o grupo anunciou "ter vingado o sangue dos muçulmanos em Derna", reduto de islamitas radicais que foi alvo esta semana de ataques aéreos egípcios.

O boletim anterior dava conta de 40 mortos e 41 feridos nos três atentados simultâneos contra uma delegacia local, um posto de gasolina e a casa do presidente do Parlamento líbio, Aguila Salah Issa.

A cidade de Al Qoba é controlada pelas forças leais ao general Khalifa Haftar e ao Parlamento reconhecido pela comunidade internacional.

Vários socorristas indicaram que a maioria das vítimas estava no posto de gasolina, onde dezenas de veículos faziam fila devido à falta de combustível na cidade. Eles acrescentaram que o presidente do Parlamento, com sede em Tobruk, mais a leste, não estava em casa no momento do ataque.

A Líbia está mergulhada no caos desde a queda, em 2011, de Muammar Kadhafi, enquanto as novas autoridades líbias não conseguem controlar as dezenas de milícias formadas por antigos rebeldes. Esses grupos impõem sua lei diante de um Exército e de uma Polícia debilitados.

Esses novos ataques em território líbio dão testemunho do avanço dos jihadistas no país, no momento em que a comunidade internacional analisa meios de ajudar as forças locais.

Aproveitando-se do caos, o EI encontrou na Líbia terreno fértil para suas ações. Em algumas semanas, lançou uma série de ataques e abusos, incluindo a decapitação de 21 cristãos e um atentado contra um hotel na capital.

A execução dos cristãos coptas levou o Egito a realizar ataques aéreos contra posições dos extremistas. Essa ação foi coordenada com as forças do general Khalifa Haftar.

Em seu comunicado, o EI afirma ter visado nesta sexta-feira a uma "célula operacional" do general Haftar, cujas forças controlam Al Qoba, e que lançou em maio de 2014 uma ofensiva contra os "grupos terroristas" no leste do país.

Desde então, suas forças travam uma verdadeira guerra contra os grupos islamitas e jihadistas na região e disputam o poder com o governo paralelo formado pela milícia "Fajr Libya", que tomou o controle de Trípoli no último verão.

Desde a queda, em outubro de 2011, do regime de Kadhafi, após oito meses de revolta popular, os atentados se multiplicaram na Líbia, mas quase nunca eram reivindicados. Esses ataques visavam particularmente a instalações militares, ou policiais, mas raramente a população civil, como aconteceu em Al Qoba.

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