Tribunal da Coreia do Sul realizará 1ª audiência para julgar presidente em 14 de janeiro
Tribunal Constitucional avalia destituição definitiva após polêmica declaração de lei marcial
Agência de Notícias
Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 16h40.
Última atualização em 3 de janeiro de 2025 às 17h06.
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul anunciou que a primeira audiência sobre o julgamento do impeachment do presidente Yoon Suk-yeol será realizada em 14 de janeiro. Yoon foi afastado do cargo depois de declarar lei marcial, em decisão que gerou controvérsia no país.
O anúncio foi feito pela juíza Lee Mi-son durante a segundaaudiência preparatória do processo.
A corte analisará se Yoon, destituído pelo Parlamento em 14 de dezembro, violou a Constituição ao declarar estado de exceção em 3 de dezembro. Caso a destituição seja confirmada, o presidente será afastado de forma permanente, e eleições presidenciais antecipadas terão de ser convocadas em até 60 dias.
Impacto do julgamento
O Tribunal Constitucional tem até junho para emitir uma decisão definitiva. Enquanto isso, o processo enfrenta tensão crescente. Na mesma data da audiência, o departamento anticorrupção e a polícia tentaram, sem sucesso, prender Yoon para depor sobre a lei marcial. A operação foi bloqueada pelo serviço de segurança presidencial, que negou acesso à residência de Yoon, localizada em Seul.
A insurreição, crime pelo qual o presidente afastado está sendo investigado, é punida com prisão perpétua ou pena de morte na Coreia do Sul. No entanto, o país mantém uma moratória sobre a pena de morte há quase 40 anos.
Defesa no Tribunal Constitucional
Durante a audiência, parlamentares defenderam que a insurreição atribuída a Yoon continua em andamento, evidenciada pela resistência à sua prisão. Por outro lado, os advogados do presidente pediram uma análise minuciosa das provas, rejeitando o uso do termo "insurreição". Eles argumentam que Yoon não violou a Constituição.