O tráfego aéreo aumentou em 16,5% em um ano, graças ao crescimento das companhias europeias e latino-americanas (John Macdougall/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 12h36.
Cingapura - O tráfego aéreo internacional recuperou o nível de antes da crise mundial de 2008, mas o preço do combustível e outros fatores ainda comprometem os lucros do setor, informou nesta quinta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
"Os lucros foram afetados pela crise e outros acontecimentos que marcaram os primeiros quatro meses do ano", afirmou Giovanni Bisignani, diretor-geral do grupo que tem sede em Genebra (Suíça).
O relatório mensal da Iata indica que o tráfego aéreo aumentou em 16,5% em um ano, graças ao crescimento registrado pelas companhias europeias (29,3% em abril) e latino-americanas (alta de 25,9%).
Na Ásia, o tráfego aumentou 5,1%, favorecido por uma demanda sustentada pela China e Índia.
O terremoto e a tsunami de março no Japão e a crise nuclear que se seguiu à tragédia também afetaram o tráfego aéreo na região, uma vez que os turistas agora não mais procuram este destino antes muito apreciado.
A Iata afirma que a violência no Oriente Médio e África do Norte também resultam num impacto negativo nas viagens. Túnisia e Egito - tradicionais destinos turísticos - recentemente foram palco de revoltas e outros países da região também sofrem com intensos confrontos.
"Se abstrairmos esses problemas, avançamos de 3 a 4%. No total, o tráfego internacional subiu 7% desde o início da crise em 2008", declarou Bisignani em um comunicado publicado na Cidade de Cingapura.
No entanto, de acordo com Bisignani, duas nuvens ainda deixam o cenário obscuro: a volatilidade da demanda e os preços dos combustíveis.