James Mattis: "Não acredito que esta capacidade (de mísseis) nos deixe mais próximos de uma guerra" (Ed Jones/Pool/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de julho de 2017 às 17h34.
Última atualização em 6 de julho de 2017 às 17h44.
Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, considerou nesta quinta-feira que o teste bem-sucedido de um míssil balístico intercontinental da Coreia do Norte não deixa os EUA mais próximos de um conflito armado com o regime comunista.
"Não acredito que esta capacidade (de mísseis) nos deixe mais próximos de uma guerra", garantiu Mattis, que foi muito cauteloso na hora de fazer ameaças ao regime norte-coreano com uma ação armada, devido ao perigo de uma escalada que afetaria, em primeiro lugar, milhões de sul-coreanos e milhares de tropas americanas na região da Ásia-Pacífico.
Em declarações à imprensa no Pentágono, Mattis afirmou que a "contenção" dos EUA foi uma das razões pelas quais a Península da Coreia não entrou em guerra novamente após 1953, ano em que a Guerra da Coreia foi resolvida com um armistício, e não um tratado de paz, além da divisão em dois Estados, Norte e Sul.
"A nossa autocontenção e os esforços diplomáticos continuam em andamento. Trabalhamos com os nossos aliados, inclusive os chineses", indicou o secretário de Defesa.
Mattis mostrou "grande preocupação" pelo fato de a Coreia do Norte ter conseguido testar com sucesso na última terça-feira um míssil com uma fase adicional de propulsão, que pode sair da atmosfera terrestre e alcançar o Alasca e o Canadá em sua reentrada.
Contudo, Mattis assegurou que a defesa antimísseis dos EUA pode responder a um míssil intercontinental norte-coreano e que as autoridades americanas estão alertas caso isto ocorra.
O chefe do Pentágono também lembrou ao regime de Kim Jong-un sobre as graves consequências que este enfrentaria se decidisse provocar uma guerra na Península da Coreia, algo que, apesar das tensões, sempre foi evitado.
A Coreia do Norte conta com o apoio do seu aliado chinês, que sente receio da presença de forças americanas perto de suas fronteiras, enquanto os Estados Unidos mantêm forte presença militar na Coreia do Sul e no Japão.