Terroristas não falam por 1 bilhão de muçulmanos, diz Obama
O presidente americano pediu à comunidade internacional que rejeite a premissa de que grupos jihadistas representam o Islã
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 06h44.
Washington - O presidente americano, Barack Obama , pediu aos países ocidentais e aos líderes muçulmanos, nesta quarta-feira, que se unam para derrotar as "falsas promessas do extremismo", e os convocou a rejeitar, em conjunto, a premissa de que grupos jihadistas representam o Islã.
"Os terroristas não falam por um bilhão de muçulmanos", afirmou Obama, em uma conferência dedicada à luta contra a violência extremista, acrescentando que não se deve aceitar que existe um "choque de civilizações".
"Temos de enfrentar com honestidade a ideologia distorcida que os grupos terroristas usam para incitar pessoas à violência", conclamou Obama.
"Não estamos em guerra com o Islã, mas contra pessoas que perverteram o Islã", disse o presidente, no segundo dia dessa cúpula que conta com representantes de mais de 60 países.
Dirigentes de organizações como o Estado Islâmico "tentam se apresentar como líderes religiosos, guerreiros sagrados, mas eles não são líderes religiosos, são terroristas", frisou Obama.
"A religião não é responsável por terrorismo. Pessoas são responsáveis por violência e terrorismo", insistiu.
O presidente americano comentou que, durante o dia, teve a oportunidade de conversar com líderes muçulmanos que apoiam a paz, a justiça e a tolerância.
"Essas são as vozes que representam mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo", frisou.
Em seu discurso, Obama rejeitou a ideia de que a pobreza seja a principal explicação para o radicalismo que leva à violência.
"Há milhões de pessoas em todo o mundo que vivem na pobreza, e elas estão concentradas em como melhorar sua vida, sem abraçar qualquer ideologia violenta", apontou.
Para o presidente, educação e melhores oportunidades são a chave. Em uma mensagem direta a países que restringem os direitos das mulheres, Obama afirmou que nenhuma nação "terá sucesso, se forem negadas oportunidades à metade de sua população".
Além dessas sugestões de longo prazo, Obama deixou claro que o confronto com o Estado Islâmico terá "um componente militar".
"A crueldade selvagem tem de ser detida", justificou o presidente dos EUA.
Ataques recentes motivaram cúpula
Entre as autoridades presentes na sessão de hoje, estava a prefeitura de Paris, Anne Hidalgo, que participou de várias reuniões e discursou.
"Devemos promover cidades mais inclusivas", defendeu Anne Hidalgo. "Em Paris, nosso objetivo é adotar uma visão exatamente oposta da visão das zonas vedadas", explicou, referindo-se à matéria da emissora de televisão americana FoxNews sobre áreas da capital francesa.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e os ministros do Interior Bernard Cazeneuve (França) e Theresa May (Grã-Bretanha) devem participar da reunião de amanhã.
Essa conferência foi anunciada depois do sangrento atentado contra a redação do semanário "Charlie Hebdo", em Paris.
O planejamento do evento levou meses e acabou ganhando relevância global diante da sequência de atentados em diferentes cidades ocidentais, como o ataque a um centro cultural e a uma sinagoga em Copenhague, no último fim de semana. Duas pessoas morreram.
Washington - O presidente americano, Barack Obama , pediu aos países ocidentais e aos líderes muçulmanos, nesta quarta-feira, que se unam para derrotar as "falsas promessas do extremismo", e os convocou a rejeitar, em conjunto, a premissa de que grupos jihadistas representam o Islã.
"Os terroristas não falam por um bilhão de muçulmanos", afirmou Obama, em uma conferência dedicada à luta contra a violência extremista, acrescentando que não se deve aceitar que existe um "choque de civilizações".
"Temos de enfrentar com honestidade a ideologia distorcida que os grupos terroristas usam para incitar pessoas à violência", conclamou Obama.
"Não estamos em guerra com o Islã, mas contra pessoas que perverteram o Islã", disse o presidente, no segundo dia dessa cúpula que conta com representantes de mais de 60 países.
Dirigentes de organizações como o Estado Islâmico "tentam se apresentar como líderes religiosos, guerreiros sagrados, mas eles não são líderes religiosos, são terroristas", frisou Obama.
"A religião não é responsável por terrorismo. Pessoas são responsáveis por violência e terrorismo", insistiu.
O presidente americano comentou que, durante o dia, teve a oportunidade de conversar com líderes muçulmanos que apoiam a paz, a justiça e a tolerância.
"Essas são as vozes que representam mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo", frisou.
Em seu discurso, Obama rejeitou a ideia de que a pobreza seja a principal explicação para o radicalismo que leva à violência.
"Há milhões de pessoas em todo o mundo que vivem na pobreza, e elas estão concentradas em como melhorar sua vida, sem abraçar qualquer ideologia violenta", apontou.
Para o presidente, educação e melhores oportunidades são a chave. Em uma mensagem direta a países que restringem os direitos das mulheres, Obama afirmou que nenhuma nação "terá sucesso, se forem negadas oportunidades à metade de sua população".
Além dessas sugestões de longo prazo, Obama deixou claro que o confronto com o Estado Islâmico terá "um componente militar".
"A crueldade selvagem tem de ser detida", justificou o presidente dos EUA.
Ataques recentes motivaram cúpula
Entre as autoridades presentes na sessão de hoje, estava a prefeitura de Paris, Anne Hidalgo, que participou de várias reuniões e discursou.
"Devemos promover cidades mais inclusivas", defendeu Anne Hidalgo. "Em Paris, nosso objetivo é adotar uma visão exatamente oposta da visão das zonas vedadas", explicou, referindo-se à matéria da emissora de televisão americana FoxNews sobre áreas da capital francesa.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e os ministros do Interior Bernard Cazeneuve (França) e Theresa May (Grã-Bretanha) devem participar da reunião de amanhã.
Essa conferência foi anunciada depois do sangrento atentado contra a redação do semanário "Charlie Hebdo", em Paris.
O planejamento do evento levou meses e acabou ganhando relevância global diante da sequência de atentados em diferentes cidades ocidentais, como o ataque a um centro cultural e a uma sinagoga em Copenhague, no último fim de semana. Duas pessoas morreram.